Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Mulheres como exceção


26/01/2007

Foto: autor desconhecido.

Como observador – ao mesmo tempo filho de mulher dolorosa, sofrida na vida, dessas comuns na sociedade, posso testemunhar no mesmo nível e padrão dos letrados do Direito a concepção da leitura que as normas regem o beneficio em favor das mulheres, sobretudo agora quando estamos distantes de Atenas.

Queiramos ou não, só existe exceção porque a regra conduz ao absolutismo possível para impedir que inexistam normas de respeito a um ‘modos vivendi’ no qual todos se possam respeitar diante de suas diferenças sociais, religiosas, étnicas e/ou de qualquer matizes.

Por isso acompanho com real desapontamento a grau de agudeza com que o debate e os agentes públicos têm tratado as pensões das viúvas dos ex-governadores da Paraíba.

Aliás, antes mesmo de qualquer aprofundamento, volto a insistir como está sendo nefasta a cultura da antropofagia, do matar a si mesmo comum nas pessoas letradas ou não no solo tabajara dos últimos dias transformando em martírio meras conquistas do cotidiano civilizado.

O caso das viúvas dos ex-governadores bem se enquadra nessa condição. Pessoas de formação intelectual densa acabaram vítimas do obscurantismo – sobretudo as que nunca se deixaram levar pelo oba-oba – anulando-se na vida em muitos projetos e desafios em nome de maridos que viveram para morrer pelo Estado e pelos paraibanos.

Conheço poucas das viúvas, mas são tão poucas mesmo que fico imaginando que a “perseguição” na ‘vindita’ de tirar-lhes um mero sustento excepcional está mesmo ignorado o tamanho pequeno da categoria, mesmo sendo ignorado o passado de dedicação sem remuneração feita em nome do marido, agora morto, tem uma mera pensão questionada como desonestidade.

Não o é e mesmo que haja vozes contrárias, a Justiça haverá de estabelecer condutas processuais que façam respeitar personagens diferentes pelo papel diverso produzido em vida.

No mínimo, longe, muito longe das mulheres de Atenas, as viúvas merecem o mínimo de respeito, que é a condição de sobreviver em paz e com dignidade.

Como dizia o Chacrinha, elas merecem.

Mulheres como exceção

Como observador – ao mesmo tempo filho de mulher dolorosa, sofrida na vida, dessas comuns na sociedade, posso testemunhar no mesmo nível e padrão dos letrados do Direito a concepção da leitura que as normas regem o beneficio em favor das mulheres, sobretudo agora quando estamos distantes de Atenas.

Queiramos ou não, só existe exceção porque a regra conduz ao absolutismo possível para impedir que inexistam normas de respeito a um ‘modos vivendi’ no qual todos se possam respeitar diante de suas diferenças sociais, religiosas, étnicas e/ou de qualquer matizes.

Por isso acompanho com real desapontamento a grau de agudeza com que o debate e os agentes públicos têm tratado as pensões das viúvas dos ex-governadores da Paraíba.

Aliás, antes mesmo de qualquer aprofundamento, volto a insistir como está sendo nefasta a cultura da antropofagia, do matar a si mesmo comum nas pessoas letradas ou não no solo tabajara dos últimos dias transformando em martírio meras conquistas do cotidiano civilizado.

O caso das viúvas dos ex-governadores bem se enquadra nessa condição. Pessoas de formação intelectual densa acabaram vítimas do obscurantismo – sobretudo as que nunca se deixaram levar pelo oba-oba – anulando-se na vida em muitos projetos e desafios em nome de maridos que viveram para morrer pelo Estado e pelos paraibanos.

Conheço poucas das viúvas, mas são tão poucas mesmo que fico imaginando que a “perseguição” na ‘vindita’ de tirar-lhes um mero sustento excepcional está mesmo ignorado o tamanho pequeno da categoria, mesmo sendo ignorado o passado de dedicação sem remuneração feita em nome do marido, agora morto, tem uma mera pensão questionada como desonestidade.

Não o é e mesmo que haja vozes contrárias, a Justiça haverá de estabelecer condutas processuais que façam respeitar personagens diferentes pelo papel diverso produzido em vida.

No mínimo, longe, muito longe das mulheres de Atenas, as viúvas merecem o mínimo de respeito, que é a condição de sobreviver em paz e com dignidade.

Como dizia o Chacrinha, elas merecem.


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