Geral
“Mulher (sexo frágil)”
07/03/2014
Foto: autor desconhecido.
Ninguém conseguiu homenagear tão bem a mulher numa canção igual a Erasmo Carlos em “Mulher (Sexo frágil)”, lançada em 1981. Ele se valeu de sua experiência pessoal na convivência conjugal, testemunhando o cotidiano de sua esposa, no exercício de múltiplas atividades, como companheira, como mãe, como dona de casa, como conselheira, como guerreira, como amante. A mulher é assim multifacetária. Hoje, vencidos os conceitos machistas que a colocaram numa situação de inferioridade e submissão durante séculos, se impõe como determinada no que quer e forte nas suas convicções, disciplinada em tudo o que faz, mas sem perder a sua beleza mágica, a sua meiguice e sensibilidade.
“Dizem que a mulher é o sexo frágil/Mas que mentira absurda!” Erasmo começa contestando esse conceito de fragilidade da mulher. Ele afirma com convencimento de que a feminilidade nunca foi sinônimo de fragilidade, pelo contrário, em qualquer circunstância ela se apresenta como dona de uma personalidade forte, corajosa, sem medo de enfrentar qualquer problema. A mulher aparenta ser frágil muito mais pelo seu aspecto físico, porque Deus resolveu dotá-la de uma compleição corporal que indica delicadeza, que garante a sua beleza encantadora. A mulher, por ser dócil, dá a parecer que seja frágil o que tem se revelado um ledo engano.
“Eu que faço parte da rotina de uma delas/Sei que a força está com elas…” Quem convive com a alma feminina sabe o quanto essa colocação é verdadeira. Ao observar a rotina diária delas não se encontra dificuldade em perceber uma identidade forte. Nos instantes em que nós homens nos deparamos com situações de dificuldades descobrimos nela nosso “porto seguro”, nosso ancoradouro, nosso amparo. Elas não desistem fácil diante das intempéries da vida, são muito mais firmes no enfrentamento dos embaraços.
“Veja como é forte a que eu conheço/Sua sapiência não tem preço”. Não bastasse a coragem nas horas do aperto, elas possuem uma capacidade de percepção das coisas fora do normal. E isso as faz possuidoras de uma inteligência diferente da nossa. São mais pacientes, e por isso mesmo adquirem a sabedoria necessária para seguirem os caminhos da vida.
“Satisfaz meu ego se fingindo submissa/Mas no fundo me enfeitiça…”. A mulher tem o atributo de fingir que se submete aos nossos caprichos, simplesmente para ser agradável a quem ama. No entanto, por competência própria, usa desse artifício para dominar situações e conquistar o que deseja. Conseguem com seu jeitinho doce enfeitiçar qualquer um.
“Quando eu chego em casa à noitinha/Quero uma mulher só minha/Mas pra quem deu luz não tem mais jeito/Porque um filho quer seu peito…”. Na relação de casamento o homem perde a exclusividade na posse, no bom sentido, da mulher com quem contraiu matrimônio, porque tem que dividir com os filhos a atenção e dedicação. A missão de mãe supera a condição de esposa, no atendimento às necessidades do filho.
“O outro já reclama a sua mão/E o outro quer o amor que ela tiver/Quatro homens dependentes e carentes de uma mulher…” Erasmo continua a se utilizar da sua vivência, quando reclama com outros três homens, os filhos do casal, o amor, o carinho e o aconchego de uma mulher.
“Mulher! Mulher!/Do barro de que você foi gerada/Me veio inspiração/Pra decantar você nessa canção…” A homenagem àquela com quem compartilha todos os momentos de sua vida, num enlace que se tornou eterno. Vai buscar na sua origem bíblica, quando Deus após dar vida ao homem construído no barro, e da sua costela fez a mulher, a inspiração para cantar o seu amor e admiração.
“Mulher! Mulher!/Na escola em que você foi ensinada/Jamais tirei um 10/Sou forte, mas não chego aos seus pés”. Não há como pensar diferente, nunca poderá se considerar igual a ela. Mesmo sendo o supostamente mais forte, não conseguirá nada sem contar com sua presença encorajadora ao seu lado.
• Integra a série de crônicas “PENSANDO ATRAVÉS DA MÚSICA”.
• Minha homenagem à MULHER no seu dia internacional; em especial as que Deus me deu a felicidade de convivência.
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