José Nunes

Jornalista, escritor e integrante do IHGP.

Paraíba

Meu Tapuio e arredores


24/07/2022

capa do livro 'Tapuio - do nascer ao entardecer', de José Nunes (Foto: reprodução)

Na esteira das lembranças para marcar a passagem dos 65 anos do meu nascimento, comemorados há dois anos, retornei aos caminhos de Tapuio e arredores que me trouxeram até aqui. Eu, que fui revelado no barro amassado pelos pés e moldado pelas mãos agasalhadoras, ainda procuro decifrar porque me deram tanto e pouco receberam de mim.

Compus o livrinho sobre lembranças possíveis de esquecimento, em registros dolorosos, mas indispensáveis às futuras recordações dos netos. Consolado pelas imagens guardadas como relíquias para futuros escritos, a melhor maneira de perpetuá-las, esperava o momento para arrancá-las do baú, colocar no alforge e caminhar pelas veredas empurrado pelo vento e pelos sonhos que o livro proporciona.

Registrar e guardar os depoimentos como suporte à minha caminhada literária é a melhor maneira de agradecer aos que escreveram sobre meu livro.

O tempo dará apropriada resposta à gratidão de todos.

Agradeço àqueles que se dispuseram a escrever sobre Tapuio – do amanhecer ao entardecer, uma obra que aliviou minhas aflições.

A poetisa e historiadora Ana Maria César assim se expressou: “José Nunes, seu livro Tapuio é um canto de amor a sua terra, à gente que é também sua gente. Tem trechos antológicos, de uma poética imensa. (…) Registrar paisagens, memórias, sentimentos é criar história. Você escreve com um sentimento belo e triste, poético e quase trágico. Maravilha”.

A professora Vitória Lima, descobridora de talentos, escreveu comovente texto: “O livro de José Nunes, que também publica semanalmente no jornal A União, é uma daquelas obras que nos incentivam a desembainhar, tirar da algibeira, os bons sentimentos, isentos de raiva, inveja ou ressentimento. Aqueles sentimentos que nos fazem pessoas melhores e nos engrandecem como seres humanos. Que venham muitos livros como esse! Bem escritos e cheios de boas emoções e sentimentos. O mundo está precisando disso.”

O poeta e crítico literário Hildeberto Barbosa Filho comentou: “Aprecio os autores que têm chão, que têm raízes, que têm uma geografia, não somente desenhada no manto da paisagem de lá fora, lajedos, campanários, lagoas, céus e ventos cadenciando a vida, mas também a de dentro, tecida pelos fios imperceptíveis da intimidade, da memória e da imaginação”.

A cronista Maria das Graças Santiago, da Academia Paraibana de Letras, com sensibilidade poética, revelou: “O livro de José Nunes é um canto de louvor a Deus, à família e aos amigos. Escrito numa linguagem simples, direta e sem firulas, desnuda um coração piedoso e puro, cheio de poesia e que não esconde os problemas que enfrentou, e que conseguiu vencer com a ajuda de uma fé inabalável, muito trabalho, grande modéstia e pureza de sentimentos difíceis de encontrar nos dias de hoje”.

O poeta, ator, romancista e pintor Waldemar José Solha, com sabedoria, escreveu: “Para quem o lê nos jornais “há séculos”, como eu, vê que “Tapuio” é, de repente, um longa-metragem de seus curtas, um latifúndio de seus minifúndios que foram as paisagens de sua infância, sobre as quais conclui-se que hoje são fotos na parede, “mas como doem”.

Outros depoimentos revelaram o pensar de cada leitor, que aqui não constam devido ao espaço, mas noutra oportunidades serão revelados.


O Portal WSCOM não se responsabiliza pelo conteúdo opinativo publicado pelos seus colunistas e blogueiros.
Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //