Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Mesmo longe, a sucessão promete


28/02/2007

Foto: autor desconhecido.

A dados de hoje, tão distante de outubro de 2008, não seria demais apontar projeções pertinentes ao futuro político de grandes cidades, como João Pessoa e Campina Grande, desenhando situações bem diferentes por sinal.

Na Capital, por força de vários aspectos o prefeito Ricardo Coutinho anda de melé solto, em tese sem adversário à altura neste momento do processo sucessório. É que, entre outras coisas, nada respinga de cruel na vida pregressa do alcaide e, mesmo enfrentando turbulências ali ou acolá, tem um acumulado positivo na sociedade.

O caso de João Pessoa nem um pouco se assemelha com o dia de Campina Grande, que é outro capítulo à parte.

A conjuntura favorável a RC é a mesma condicionante que, se for precavido, deveria se advertir para não cair no ‘já ganhou’ tão festejado na fala de seus aliados e de seu próprio juízo. Essa euforia é veneno puro.

Para não ir muito longe, lembro que em 2002, Cássio começou com 68% e quase perde para um vice-governador (Roberto Paulino) sem mesma imagem do que a dele e, recentemente, a imbatível candidatura de Maranhão acabou derrotada pelo ‘desgastado’ Cássio.

Além do mais, veja que só foi o senador Cícero Lucena dizer meias palavras pra lá e pra cá nos veículos de comunicação, para mexer no tabuleiro mesmo distante do processo em si de 2008. Ou seja, na atividade política é erro crasso alimentar vitória antecipada.

No caso de Campina, os dados são outros. A administração jovem e operadora do prefeito Veneziano Vital anda desde o resultado da eleição para o Governo, em novembro passado, num descompasso muito diferente do começo com todo gás, agora com desaceleração da máquina e muitos problemas financeiros para cuidar.

Diferentemente de RC, que opera nos vários bairros e ainda se dá ao luxo de pagar em dia a seus fornecedores, Veneziano já não consegue fazer o mesmo, sobretudo depois que perdeu mal comparando “a galinha dos ovos de ouro”, que atendia pelo nome de Ney Suassuna.

Além do mais, a sapiência estratosférica do deputado federal Vital Filho – a principal figura de co-adjuvante na administração e na carreira de Veneziano – é a mesma que produz solidariedade, fatos e desgastes – como, por incrível que pareça, deixou transparecer na relação com muitos aliados, após a forma adotada para fazer Vital o campeão de votos diante de um fosso de situações entre antes e depois da parada.

A perda de Ney e os descompassos – repito – entre aliados na disputa passada levam a se prever trovoadas próximas de Veneziano mais do que com RC em João Pessoa, pelo menos a dados de hoje.

Em síntese, as duas eleições têm contornos distintos, embora seja muito cedo para alguém cantar de galo, mesmo no caso dos favoritos.

ültima

“Na emenda, amarre
a corda direito…


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