RIO DE JANEIRO – Terminou no final da tarde desta quinta-feira, na sede central do PMDB, em João Pessoa, uma reunião dos pré-candidatos a vereador que, não fosse a inquietude do empresário Romeu Lemos, poucos teriam se apercebido de um forte movimento produzido pelo senador José Maranhão no sentido de fazer seu sobrinho, Benjamim, o futuro presidente do partido na capital.

Para ser mais preciso, a ação se deu em torno de um documento assinado por 33 pré-candidatos indicando o ex-deputado federal Benjamim Maranhão como presidente da Comissão Provisória da legenda na capital paraibana.

Ora, se é certo que Romeu Lemos é ‘cristão novo’ no PMDB, logo se deduz que ele não tem cacife nem força para promover um movimento desta natureza, portanto, a cena desenvolvida tem encenação com prévia aprovação dos lideres pemedebistas, especialmente o senador, pois sem o aval do parlamentar nada se faz no partido.

Se é verdadeira a informação de apoio dos pré-candidatos a Benjamim, logo se deduz sem dificuldades que isso significa dizer que outras alternativas no partido – Gervásio Filho, Iraê Lucena, Lucia Braga, Trocolly Junior, etc -, estão descartadas como prevalência ou preferência, melhor dizendo.

Mesmo assim, se faz importante aguardar a reação dos demais pretendentes como vão reagir – se acatam e se conformam ou se partem para uma divergência pública, algo que só o tempo mostrará.

Em tudo acontecendo, contudo, ninguém duvida da supremacia do senador, que nesse caso perde a oportunidade de oferecer um gesto em prol da partilha partidária com nomes testados e de história do partido.