Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Maranhão e a Reforma


25/12/2003

Foto: autor desconhecido.

A Reforma Universitária proposta pelo Governo Lula nem esquentou no Congresso Nacional, mas já provoca reações contrárias, inclusive entre parlamentares da base aliada, a exemplo do senador José Maranhão, por discordar do texto original prevendo o fim do ensino gratuito.
    
Embora o argumento do MEC seja de que o pagamento na universidade pública se destine apenas a alunos com condições econômicas comprovadas, portanto poupa os estudantes de origem humilde, nem assim o arrazoado do Governo faz com que haja reação contrária a essa polêmica matéria.
    
O fato é que o senador Maranhão já antecipou: “tenho posicionamento contrário no mérito da questão e no encaminhamento de votação da matéria, pois votarei contra”.
    
O parlamentar entende que, mais eficaz para permitir o acesso do aluno pobre nas universidades públicas é investir mais no ensino médio, uma vez que a desproporção está exatamente nesse estágio da etapa escolar pois o aluno da rede privada leva mais vantagem na preparação.
    
Por esse entendimento, Maranhão defende que, ao invés de cobrar na Universidade o Governo precisa investir mais na educação secundária. “ A exemplo das Reformas Previdenciária e Tributária, que foram emendadas a exaustão no Senado, o mesmo deve acontecer com essa Reforma Universitária”.
    
Logo que as atividades parlamentares voltarem, em 2004, certamente que este tema – Reforma Universitária – ganhará foco especial tal qual as outras rearrumações conjunturais, recém aprovadas e comemoradas pelo Governo Lula.
    
Só que, também nesta matéria, há forte reações históricas de partidos e da sociedade organizada como todo. O senador, por exemplo, diz que o modelo de ensino universitário americano permitindo o acesso gratuito, mas sendo bancado pela iniciativa privada através de isenção fiscal é uma alternativa a ser levada em conta.
    
No contra-ponto baseado em números frios e reais, o Governo Lula expõe ser injusto atestar que alto percentual das análises feitas na composição do alunado das universidades federais é ocupado exatamente por quem tem condições de pagar tomando o lugar dos alunos carentes.
    
Seja como for, a Reforma já tem adversários ferrenhos a exemplo, como disse, o senador Maranhão.
    
Sudene esvaziada
    
Mesmo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva insista em dizer que retomará a Sudene na sua plenitude, não é esse o clima interno no pomposo edifício da ex-midas nordestina.
    
Com o repasse dos recursos previstos para o Fundo do Nordeste exigido pelos governadores nordestinos na Reforma Tributária, acabou de vez a perspectiva de verba em condições de retomar a Sudene.
    
Por conta disso, deve vingar a instalação perene da Adene e a saída muito em breve de Tânia Bacelar da condição de superintendente esvaziada.
    
Crise no PT campinense
    
Deve desembarcar no início de janeiro no Diretório do PT nacional um documento oriundo da Paraíba pedindo providências para a situação sui generis no diretório de Campina Grande.
    
O fato é simples: os secretários da administração municipal, filiados do PT, estão sendo pagar o dízimo – contribuição sagrada pelo diretório.
    
A questão deve redundar em Comissão de Ética contra os secretários conduzida pelo diretoriano Bazilio.
    
CEF defasada
    
Um peso pesado só desanuviou da irritação para com a Caixa Econômica Federal por força do espírito natalino, ontem, mas na véspera andava feito uma “tiririca de raiva” com os procedimentos estruturais da CEF.
    
Segundo a fonte, “a crise gerada com o funcionalismo se deveu ao modelo arcaico de proceder nas várias etapas da consignação”.
    
A fonte exemplificou que na véspera de Natal, “a CEF não sabia revelar quantos funcionários tinham operado a consignação, fato esse que qualquer sistema revela em segundos”.
    
E completou: “Diferentemente, no Banco do Brasil não houve nenhum problema”.
    
Umas & Outras
    
… A TV Miramar passará por reformas.
    
… A reforma no Aeroporto Castro Pinto começa dia 9 de janeiro.
    
… O PT adiou para abril seu encontro regional.
    
… O ex-funcionário do Banco do Brasil foi afastado das funções de assessor de comunicação do Sebrae por orientação de auditoria e referendo do Conselho Deliberativo.

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Última
    
“ Onde houver trevas/ que eu leve a luz…”


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