Campanha de Lula enfrenta dramas para ampliar palanque na PB; maior desafio é superar diferenças particulares

A decisão da maioria das tendências internas no PT se posicionando contra o reingresso do ex-governador Ricardo Coutinho ao partido reflete claramente como tem sido difícil harmonizar meios para ampliação do futuro palanque da campanha do ex-presidente Lula em 2022 nos Estados.

O caso do PT é só mais um exemplo claro de como dramas históricos particulares não conseguem ser superados, mesmo quando em nome de uma grande causa bem maior e de impacto coletivo extraordinário. É o saldo do estilo de ação política acumulado pelo ex-governador respingando no presente.

HÁ MAIS DRAMAS A RESOLVER

O cenário político da Paraíba expõe com clareza as imensas dificuldades que a campanha de Lula está tendo e conviverá por mais tempo porque há várias situações de muita dificuldade para harmonizar, volto a repetir – a partir da presença e estilo do ex-governador Ricardo Coutinho pelos vários conflitos gerados ao longo dos tempos.

Tudo isso, mesmo diante de histórico de gestões impactantes positivamente na sociedade do ex-governador, sua postura diferenciada de defesa forte dos governos de Lula e Dilma, mesmo sem contar os dramas vividos depois da tal Operação Calvário. É aí que mora situação de dificuldades.

Registre-se que por conta deste contexto recente,
há existência de um outro caso de difícil harmonização, que é admitir e/ou construir no mesmo palanque as figuras do governador João Azevedo e do próprio Ricardo sabendo-se que Lula precisa dos dois apoios, portanto, as sérias diferenças entre eles precisam ser superadas tal qual fez Brizola em 2002 ao apoiar Lula.

Só que não é fácil identificar fórmula da superação pelo perfil e estilo colecionado pelo ex-governador que, diferente de Lula assim como seus desafetos, não consegue viver sem estar de olho no retrovisor, no passado traumático e isto emperra possíveis pactos de convivência mínima.

O fato é que, por incrível que pareça o maior drama na campanha de Lula na Paraíba está exatamente na construção de pacto de superação no campo progressista porque as graves feridas internas não estão cicatrizadas como precisam, portanto, vão dar trabalho danado para solução.

Mas, Lula precisa construir esta condição por mais difícil que seja. Somente ele pode ser capaz de tamanha façanha.