Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Cultura

Jatobá, espetacular: como a inteligência transforma poesia, canções e história no melhor da música


15/09/2023

Quinta-feira, 14 de setembro de 2023 para ficar na história. Quem pôde estar presente ao lançamento da obra musical “Jatobá”, de Demetrius Faustino e Irapuan Sobral comprovou em vida a força dos valores memoriais,o ode à aldeia e rememorações conceituais fantásticas, tudo sob domínio da música de qualidade universal. Um exercício puro de saber poetizar, interpretar e musicar valor passado refletindo o presente e futuro.

Fazia tempo que não se tinha acesso a um acervo musical tão bem construído sob a batuta do maestro ascendente Eduardo Araújo fazendo da noite com um grupo de músicos extraordinários provar e comprovar o quanto a música brasileiro tem de força e valor. Vindo lá do interior, da terra Jatobá.

A ESSÊNCIA

Ao todo, o repertório dispõe de 21 canções desdobradas em ritmos variados – da canção lamento, ao samba, xote, forró de primeira, em especial com um frevo de lascar de bom, que só nos faz lembrar Severino Araújo, Chiquito, Capiba e todos os bambas do pedaço.

“A volta do carnaval” é uma Ode ao tempo pós-pandemia em que lembrando o passado lá era proibir se reunir. Agora, não, é a alegria popular viva, como se estivéssemos no salão do clube de Jatobá.

FILOSOFIA HISTÓRICA

Em todas as canções apresentadas pela dupla de irrequietos autores e/ou provocadores da memória via composições e essência poética, deu para atestar a força da música de qualidade, como se fosse um longa-metragem cabendo nele gente como Dominguinhos, Flávio José, Biliu de Campina, Jerry Adriani, Maestro Vilô, Fuba e mais gente magnífica. Nem vou falar de Monarco e o excelente samba em homenagem.

Também não vou falar (escrever) sobre o balanço a lembrar o afoxé e a lambada paraense em “Iya Ori” – uma exaltação ao universo negro de Yemanjá exaltando a “doce mãe – Odoya” – celebrada como filha de Olokun a divindade dos mares.

Pois bem, este é outro elemento místico de sertanejos fortes, como diria Euclides da Cunha, nas figuras de dois talentos de Jatobá, sem ignorar a dureza da vida para superações, mas sem ignorar e curtir a importância do mar que banha os preservadores do culto à natureza do litoral ao sertão.

Pense numa obra de imensa qualidade!!!

Podem anotar. Ainda vai dar muito do que se falar e tocar para embalar a vida. Em tempo: como foi gravado DVD, a obra estará à disposição e venda em todas as plataformas.

Danou-se! Viraram chiques.

ÚLTIMA

“O nome / a obra imortaliza”.


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