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FPF E FOLIA – MARKETING DE EVENTOS


11/01/2018

Foto: autor desconhecido.

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(foto: Amadeu Rodrigues – Presidente da FPF – BOLA Presidente do Folia de Rua e o prefeito Luciano Cartaxo, e Jonildo Cavalcanti, vice presidente da Funjope)

Assistimos ontem, quarta feira, 10.01, na Federação Paraibana de Futebol, reunião com acirrada discussão envolvendo os clubes de futebol da primeira divisão, e representantes da mídia. A provocação inicial teria sido a proibição da FPF, da transmissão de um jogo domingo passado em Cajazeiras, por parte de um conhecido Portal do sertão.

A FPF alega ter sido acionada pela empresa Turner, dona da Esporte Interativo, que detém sob contrato desde o ano de 2013, com validade até 2022, em anuência com os clubes de futebol, concedendo exclusividade de transmissão. Desta forma, só com autorização da EI é que se pode fazer qualquer tipo de transmissão de jogo com mídia comercial.

A AMIDI – Associação das Mídias Digitais da Paraíba, no ato representada pelo jornalista Gutemberg Cardoso, se disse prejudicada inicialmente repudiando a proibição, em segundo, reivindicando direitos de transmissão e alegando ser forte propulsor, promovendo os jogos do campeonato, o que terminou radicalizando e partindo para a proposta de judicialização.

A AMIDI vai acionar a FPF. A FPF diz não estar disposta a pagar multas acima de 1 milhão de reais por conta de licenciar e infligir a Lei. Por sua vez os clubes reivindicam participação nas receitas comerciais advindas de patrocinadores através dos veículos de comunicação e mídia. Os Clubes, inclusive, decidiram rever esse contrato existente entre eles e a Esporte Interativo, podendo reformula-lo, ou até rescindir, o que não seria nada inteligente, dado a importância e repercussão que a EI representa na divulgação do Campeonato.

Desta forma, assistimos importante debate, desta vez despertando para o fato de valorização da mídia via internet, agora com valores que competem com as grandes empresas de comunicação, detentoras das grandes emissoras e marcas como SBT, Globo, e outras, que se sentem ameaçadas.

Outro evento importante e que gera enorme receita é o Carnaval. No caso, aqui em João Pessoa, o Pré Carnaval, atraindo média de 1 milhão de foliões consumidores do produto turístico. Enquanto na vizinha metrópole Recife-PE, e até Fortaleza-CE, e Salvador-BA, os investidores de bebidas e marcas de bancos e outras apostam milhões; ainda na Capital sequer atingimos a marca de 1 milhão captados como recurso para realização da festa, o que significaria R$ 1,00 por pessoa, quando se sabe que eventos daquele porte movimentam a economia, o comércio, empregos, transportes, bares, restaurantes, hotelaria, etc.

Resta mais uma vez chamar atenção dos técnicos, dos gestores, dos administradores de esportes e turismo e lazer, e convida-los para uma mesa redonda para debate em torno da proporção e impacto que surge ao redor e que precisamos alinhar aos nossos eventos, demandas e promoções. É assunto sério envolvendo bilhões, PIB, atraindo investidores do mercado e fortalecendo a economia de forma geral. Isso é marketing, esporte, arte e cultura em jogo. E parafraseando o cantor e compositor Geraldo Vandré, na última noite de terça-feira no Alohai, quando participou da gravação do programa Palco105, da rádio Tabajara, “não existe economia que funcione sem arte e cultura; e não existe arte e cultura que funcione sem economia”.

Em tempo: Desde já agradecemos o convite da Secretaria de Cultura do Estado para participar como jurado na segunda eliminatória do Festival de Música da Paraíba, que será realizada dia 20.01 em Campina Grande, PB.

Gil Sabino é jornalista e gestor de marketing.
g.sabino@uol.com.br


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