Alberto Arcela

Publicitário e jornalista

Notícias

‘Forrest gump’ por Alberto Arcela


25/06/2023

Foto: Secom - PB

Não faço a menor ideia de como surgiram as cidades com clima de montanha , como Gravatá e Campos do Jordão, mas sei bem como Bananeiras despontou para o mundo.
A exemplo de Forrest Gump, eu estava lá, como estive no terremoto do Chile, no meio da repressão e do incêndio da viatura em 68 e no olho do furacão de Luiza do Canadá.
Mas, voltando ao case Bananeiras, é preciso que se diga que, muito embora tenha sido fruto, – na melhor expressão da palavra -, da iniciativa de um visionário, ela não deixa de ser uma obra do acaso.
Na terra da minha mulher, se diria que alguém atirou no que viu e acertou no que não viu.
E esse alguém foi Alirio Trindade que, talvez por morar no alto, viu mais longe que a maioria ao lançar, num primeiro momento o condomínio Caminhos da Serra e, na sequência o Águas da Serra, com três lagos e um campo de golfe.
Ainda lembro de quando ele chegou na agência, recomendado por Hugo Malta, um amigo e cliente para quem trabalho até hoje.
Combinamos de ir – eu e Tércio da Sólida – até a casa dele, em Bananeiras- e o resto é história, como se sabe.
Os primeiros mil investidores, evoluíram para dezenas de milhares, atraindo empreendedores com vocação para o turismo rural.
Na época, a cidade era gerida por Marta Ramalho, que fez a sua parte com incentivos fiscais e isenção de longo prazo.
E tudo isso me veio à mente hoje ao tomar conhecimento que Bananeiras, com seu clima e encantos, foi a grande vencedora este ano, em todos os quesitos, na realização dos festejos juninos.
E olha que não tem mesmo o que discutir.
É só olhar para o alto. Já parece um céu no chão.
Estive recentemente lá para conhecer uma área e gravar conteúdo para o Alteza, da Conserpa e Enger e fiquei impressionado com o que vi.
A pasárgada de Alirio deixou de ser apenas poesia para se transformar num romance.
Os cafés parecem com os de Paris, e o amor está no ar.
E, mesmo sendo um Forrest Gump, confesso que senti o maior orgulho de ter conhecido Alirio Trindade e, de um certa forma, ter contribuído com aquela república de bananas, na sua mais completa tradução.
Não a terra sem lei e ordem que o termo costuma remeter, mas o berço de Ari e de Caetano, de Chiquita Bacana e da folha de banana nanica.
Essa é a Bananeiras de fato que eu sonhei e vi crescer. Fruto de um acaso, é bem verdade, mas sem dúvida, o melhor lugar para festejar e se aquecer nesse inverno.
E viva São João.


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