Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Finalmente, qual o saldo do Encontro?


13/04/2007

Foto: autor desconhecido.

O segundo encontro dos governadores do Nordeste acontecido em João Pessoa, nesta sexta-feira, serviu para alinhar diversos pontos em torno de uma convergência única de interesses dos chefes dos executivos estaduais, bem diferente do ‘salve-se quem puder” de alguns anos anteriores.

É que o raciocínio lógico e a razão política apontam neste momento – amanhã pode ser diferente – para o entendimento deles no sentido de que, ou se unem em torno de uma pauta de interesses mínimos ou vão continuar menos fortes do que quando unidos.

Está certo que os interesses de cada Estado é próprio e distinto em muitos dos aspectos, entretanto, independentemente das conquistas que cada um possa ter ao longo dos anos há de concebido alguns projetos de grande impacto partilhado por todos como forma mais adequada de ganho coletivo.

Trata-se, por exemplo, da questão das dividas dos estados posto que a União se mantém insensível à partilha daí todos estarem unidos na mesma tecla de reivindicação. O mesmo se dirá do problema da violência gerado por vários fatores – entre os quais a estrutura e falta de contingenciamento dos recursos – bem como dos efeitos advindos da questão social, por isso quando todos se unem numa só direção o resultado tem efeito maior e amplo.

Há muitos outros fatores em questão como ainda as obras estruturantes, tipo Transnordestio, gasodutos, termelétricas, etc levando os estados excluídos a fincar pé na inclusão para gerar receita e emprego – aspectos fundamentais para reduzir a criminalidade também.

Até a temática do Rio São Francisco, sofrendo forte resistência por parte da Bahia, Sergipe e Alagoas tem havido atenuantes ultimamente, como disse o governador sergipano, Marcelo Deda, admitindo dialogo antes impossível de sê-lo.

Em síntese, da primeira reunião em Natal para a desta sexta-feira, em João Pessoa, houve de fato avanços na forma de conquistas efetivas do processo reivindicatório dos estados devendo levar o Governo Lula a refazer a forma de compensação às perdas dos Estados – pelo menos é isso o que intuem os governadores.

Já na próxima reunião de Fortaleza, em maio, certamente deverá estar sendo entendido como o afunilamento do tempo estará a produzir resultados efetivos para problemas tão antigos nos estados.

Pelo menos em termos de processo há, de fato, avanços relativos em curso.


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