A tragédia ambiental que se abate sobre o Rio Grande do Sul, com proporções catastróficas, exigiu especial atenção do Governo Federal. O presidente da República, imediatamente, viajou com uma comitiva de ministros para verificar “in loco” a dimensão do estrago. Para ele pouco importava saber que naquele estado não obteve maioria na eleição de 2022, nem que o governador atual e a maioria dos prefeitos atingidos pelas enchentes não sejam seus correligionários. Agiu de forma republicana, como era de se esperar.

Sentou-se à mesa com adversários políticos, como manda a boa regra de convivência institucional. A realidade de vários municípios submersos na água dava conta do quanto se fazia necessária a adoção de medidas emergenciais. Tinha plena consciência de que, naquele momento, as divergências de ordem política ou ideológica, teriam que ser superadas. O que importava era unir esforços para salvar vidas e conter o caos estabelecido.

O espírito de solidariedade foi despertado em todo o Brasil. Nem poderia ser diferente, diante de um quadro tão estarrecedor acompanhado pela mídia. Mas, mesmo assim, perplexos, assistimos indivíduos, inclusive lideranças políticas, inconformados com a pronta intervenção do governo federal, produzindo fakenews burlescas na tentativa de diminuir a importância do trabalho que ali vem sendo desenvolvido pelo presidente, ministros, governador, secretários e prefeitos diante do desastre climático. Essas figuras, em tempos recentes, já demonstraram quem são.

O líder não precisa ser perfeito, basta fazer a diferença. É uma questão de atitude positiva, não ser omisso quando se faz preciso estar presente nos episódios de calamidade, ofertando condições de minimizá-los. Abandonar o lazer, os passeios, o aproveitamento do feriado, para trabalhar em favor dos necessitados. Aplaudamos, então, quem veio para fazer a diferença.