Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Enfim, sinais da nova Sudene


25/05/2007

Foto: autor desconhecido.

FORTALEZA – Agora é uma questão de tempo, de dias até, para a existência enfim da retomada da Sudene como instrumento fomentador do desenvolvimento regional também na condição de fermento a tentar induzir os estados a criarem sobrevivência compensatória diante das desigualdades regionais.

Esta é a síntese, enquanto tese, do saldo da reunião do Ministro Guido Mantega com os governadores dos nove estados – a exceção de Jackson Lago, do Maranhão – no terceiro de uma série de encontro dos chefes do executivo nordestino adornado ainda pelo debate sobre o fim da guerra fiscal, razão de muita briga e ampliação das desigualdades entre esses mesmos estados.

O fato mais auspicioso está no anuncio de um novo programa de desenvolvimento regional a ser lançado ainda este ano com aporte de R$ 2 bilhões – montante ainda não muito expressivo, embora seja alguma coisa se comparado ao que se registra na atual fase da Adene, ansiosa para atingir novamente a maioridade econômica.

Para que essas ações sejam de fato postas em prática ainda será fundamental a derrubada de diversos vetos produzidos pelo Governo Lula, algo considerado indispensável como forma de fazer existir meios da Sudene ser novamente referência de políticas de desenvolvimento.

Só que, desta feita, o papel da instituição não mais reproduzirá o vicio passado de fomentador financeiro de grandes projetos, muitos deles fracassados e eivados de corrupção, tanto que gerou o fechamento da Sudene.

No encontro de Fortaleza, os governadores com discursos próprios repetiram a mesma história: a Sudene é o instrumento que pode contribuir com o fim das desigualdades na região.

Voz dura

O governador Cássio foi dos oito governadores presentes ao encontro o que mais usou do tom mais duro sobre as desigualdades, especialmente no quesito da guerra fiscal.

Ele voltou a insistir que essa condição gerou muitos problemas, mas embora seja um componente importante de execução, antes exige que se repare os estados mais penalizados com a guerra fiscal.

Em síntese, Cássio se incorpora à tese, embora exigindo que estados como o da Paraíba venha a ter compensações reais brevemente.

Ciro, quase candidato

Está longe demais, todos sabem, mas a eleição sucessória de Lula certamente que atrai o nome do ex-ministro Ciro Gomes como uma das alternativas.

Nesta sexta-feira, ele se fez presente à área externa do encontro dos governadores falando pelos cotovelos, especialmente contra o presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, à quem tratou como autor de canalhices.

Tudo por que Gabrielli deu declaração dizendo que a siderurgia no Ceará é inviável.

Maranhão no Orçamento

A onda de denúncia beirando o Congresso Nacional leva muitos a indagar quais as novidades à frente, além do envolvimento do nome do senador Renan Calheiros, mas o presidente da Comissão Mista do Orçamento, senador José Maranhão, já mandou recado: não adianta vir com lobbie sujo que a resposta será à altura.

Em conversa com o Colunista, ele disse que não admite “pressão” seja de quem for, muito menos de construtores de obras – segmento que mais trata de questões, hoje sendo motivo de muitas denúncias.

– O rigor será absoluto e inegociável – afirmou.

Manoel Jr com Eduardo

Quem esteve no Teatro Santa Izabel, anteontem, pode ver o desempenho do deputado federal Manoel Júnior no lançamento da nova micro-série do festejado Ariano Suassuna.

O parlamentar paraibano passou todo o tempo ao lado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, dando demonstração de intimidade política com o líder pernambucano.

Última

“Imagine o Brasil ser dividido/
e o Nordeste ficar independente…”


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