5 de dezembro de 2023. Mais uma data no juízo de muitas pessoas, mas no calendário de gente com DNA Mariz Maia e Dantas, além de muitos familiares e amigos, se traduz num momento de saudade infinita pela ausência em vida do imortal Antonio Marques da Silva Mariz, ex-governador do Estado, ex-senador, ex-deputado federal e ex-prefeito de Sousa, afora sua condição de Promotor de Justiça.

A lembrança de Mariz se reveste de muitos valores em torno de sua história como Homem Público com letras maiúsculas por ter sido na atividade política em vida um exemplo de Líder capaz, honesto, corajoso e humanista em nível ainda hoje a fazer falta na vida pública.

Num tempo continuado no qual a atividade político – partidária transformou-se em meio de vida para muitos gerar negócios num contexto ainda sem abrigar representantes populares de raiz – as mulheres e minorias -, a história de Mariz tem muitos fatores diferenciados em seu favor.

Em 1963 – 60 anos atrás -, ele como prefeito prestava contas permanentemente em difusora de Sousa, introduziu a Carteira de Trabalho para todos funcionários, apoiou o Documentário “País de São Saruê”, de Wladimir de Carvalho, referências que mudaram a gestão pública desde sempre.

Mariz se preparou para ser governador fazendo pós graduação em Leon, na França, como poliglota, constituindo em 1988 Parlamentar Nota 10 na condição de Constituinte. Há registro de sua participação como Relator do Impeachment de Collor a partir do “Caso Watergate” lendo-o em inglês.

Como candidato ao governo em 1994 produziu um plano de governo mais ousado na garantia da segurança alimentar e repleto de investimentos, como a Canal da Redenção, mas o câncer lhe fez ir embora em setembro de 1995 deixando imensa saudade.

Autor de discurso antológico na defesa do amigo senador Humberto Lucena, foi a vitória de Mariz para o Senado em 1990 que garantiu a vitória de Ronaldo Cunha Lima no governo.

Em síntese, hoje ele estaria com 86 anos defendendo a Democracia, a redução das desigualdades e o Estado Democrático de Direito. Grande Mariz.

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“ O nome a obra imortaliza”