Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Em João Pessoa, o discurso e as condições decisivas


28/09/2014

Foto: autor desconhecido.

{arquivo}A semana começa com a reta final de campanha definindo os rumos do Estado da Paraiba em termos eleitorais diante da polarização existente entre dois candidatos, cujo volume de campanha e o conjunto de discursos, saldo de história e propostas devem ser decisivos para se ter ou não segundo turno.

Há um sentimento de que o enfrentamento em João Pessoa será decisivo, compreendendo a força da aliança entre PSB e PT gerando visível exposição dos candidatos Ricardo Coutinho e Lucélio Cartaxo, ambos com discursos de exibição de feitos e busca de descaracterização dos adversários. E crescem.

No caso especifico de Cássio na Capital, muitos são os comentários de que seu discurso precisa de ajustes urgentes porque só acusar o adversário sem a construção de uma proposta nova, especifica e convincente poderá não surtir efeito como esperado pela campanha.

Indicadores conceituais em análise de aliados propõem mudanças sutis e efetivas no modelo de discurso e de enfrentamento ao seu principal concorrente porque, mesmo com a taxa de rejeição existente mas o conjunto da gestão apresentada tem se sobressaído diante de uma escassez de Proposta mais convincente para João Pessoa, sobretudo..

Um exemplo: o discurso de retomada do “Boa Nova”, programa desenvolvido pelo então governador Cássio na Capital, mesmo com sua alta importância poucos são os que se lembram da ação relevante para o urbanismo e saneamento de João Pessoa. Poucos se lembram e as novas gerações pessoenses que foram às ruas em Junho do ano passado nada criam de expectativa.

SIMBOLOS E FOCO

É como se, em necessidade discursiva, fosse mais palatável compreender que um vasto programa de Saneamento e de Saúde passaria a ter prioridade de agora em diante, resolvendo de vez a questão do esgoto e tratamento de toda Capital, melhorando a vida das pessoas na periferia ao assegurar Prevenção da Saúde, sobretudo para os mais necessitados. Trocando em miúdos, falar em “Boa Nova” é fato real, mas sem apelo memorial, sobretudo para as novas gerações dai precisar de ajuste na formatação do indispensavel projeto.

Tudo leva a crer que será a E$trutura, o conjunto de História e execução de ações efetivas para a sociedade e o discurso sintonizado com a alta expectativa da Capital que repercutirá nas urnas no próximo domingo, 5 de outubro.

O CASO MARINA É EXEMPLO PROXIMO

O Brasil e a Paraíba nesse rastro viram a meteórita ascensão de Marina Silva na disputa presidencial com a morte trágica de Eduardo Campos, entretanto, embora houvesse projeção de que, enfim, se teria uma candidata com chances reais de derrotar Dilma Rousseff, com o decorrer dos dias, por incoerência de posições, discurso vazio e vacilações de posturas fizeram-na despencar e certamente corre risco de perder o segundo lugar para Aécio Neves.

Esta dinâmica da política em nível nacional pode, em outro patamar e condições, estar afetando Cássio porque com o decorrer da campanha o esperado encantamento com novas propostas inovadoras e forma de encarar Ricardo deve não ter alcançado o nível pretendido daí também a redução da diferença entre eles.

JOÃO PESSOA AGE DIFERENTE

Não é nenhum bicho de sete cabeças, mas por ser um ambiente geográfico vasto no abrigo de gente da maioria dos municipios, a Capital trata as questões por um prisma menos bairrista e mais impulsivo em comparação às demais cidades, inclusive Campina – lugar muito agradável.

É este conjunto de fatores, cultura coletiva, anseios e até desgastes, como há na relação de setores da sociedade com o governador, mesmo assim se faz necessário apresentar outro modelo além do jeito de ser para, aí sim, apontar e Resolver, com a outra forma de ser, os problemas da sociedade prometidos e não feitos com Propostas claras para a Região Metropolitana.

Outro exemplo; Cicero quando prefeito foi criador e coordenador de uma ação com a Região Metropolitana, portanto, não se resolve mais questões basicas de João Pessoa sem ação efetiva e bem resolvida com Cabedelo, Bayeux, Santa Rita, etc, algo que ninguém fez mais, nem mesmo o governador – este expondo feitos em áreas especificas como o Turismo.

CAPACIDADE DE REAÇÃO

Afora tudo o que se possa dizer, não há como negar a capacidade de Ricardo Coutinho de enfrentar as adversidades e construir meios de relativa ou forte superação.

Tudo vai depender de Cássio, antes que seja tarde, diante da velocidade de campanha porque não há nada estático na política ou, ao contrário, a dinâmica requer unir, reforçar e construir fatores novos para construir a vitória.

ULTIMA

“O olho que existe/ é o que vê..”


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