Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Política

Em Campina, o cenário de disputa acirrada e um acervo de obras abandonadas a merecer abordagem intensa nas eleições


18/07/2020

Na imagem o jornalista e analista político Walter Santos

Não precisa ser pós-doutor em ciência política para entender que a cena de disputa em Campina Grande sempre foi e será de confronto acirrado, nos últimos tempos entre os Cunha Lima/Romero versus os Vital, mas em 2020 tudo se desenha para possibilidade de novidades diante do quadro à frente.Desta feita, a disputa não apresenta favorito disparado, mesmo com a novidade de Inácio Falcão, pontuando da mesma forma Ana Cláudia e Bruno Cunha Lima, logo o saldo do processo dependerá do saldo político de Romero diante do contexto de toda gestão em 8 anos.

O SALDO NEFASTO A SER EXPOSTO

O fato é que desta vez, Romero enfrentará muitos dissabores, a exemplo dos efeitos da prisão de ex-secretários da gestão e de impedimento de outros auxiliares envolvidos em acusações de esquemas de desvios de recursos na PMCG.

A ética abalada somente terá maior conhecimento popular na cidade durante a campanha porque, pelo que aponta a oposição, a mídia campinense não deu exposição diante da gravidade do caso devendo repercutir na disputa de 2020.

LEVANTAMENTO DE OBRAS INACABADAS

A dados de hoje, da fase atual, é preciso levar em conta uma série de fatos levantados que certamente devem pesar no debate da Prefeitura campinense contrato o candidato do prefeito.

Eis a lista dos casos inconclusos:

– Vila Olímpica Plínio Lemos, no bairro José Pinheiro: hoje está completamente abandonada; cozinha comunitária e unidade do PSF que funcionavam em seu interior desativados; piscina olímpica coberta hoje está sem cobertura e servindo de criadouro de mosquitos; campo de futebol só tem mato; arquibancadas perderam cobertura e estão depredadas; pista de skate abandonada, etc

– Feira da Prata: está abandonada. Para se ter uma ideia, a cobertura das barracas é a mesma que Veneziano entregou, há cerca de 10 anos, ou seja: a feira hoje é um equipamento sucateado

– Sistema Integrado de Transporte: desativado por Romero

– Creches: 3 unidades da gestão passada deixou com obras em andamento foram paralisadas e encontram-se abandonadas e inconclusas até hoje

– 2 restaurantes populares (um no centro da cidade e outro no distrito dos mecânicos) – fechados na atual administração e até hoje não reabertos

– 9 cozinhas comunitárias, instaladas no José Pinheiro, Malvinas, Galante, Bodocongó, Liberdade, São José da Mata, Pedregal, Jeremias e Catingueira – fechadas e até hoje não reabertas

– Central Integrada de Monitoramento – desativada e as câmeras usadas no monitoramento hoje servem para captar infrações de motoristas e gerar multas

– 4 farmácias populares, implantadas na gestão anterior nos bairros Liberdade, Malvinas, José Pinheiro e Palmeira – desativadas pela atual administração e até hoje não reativadas

– Canal de Santa Rosa – obras iniciadas na gestão passada e não sequenciadas

– Canal da Ramadinha – obras começadas também na gestão anterior e não sequenciadas

– Centro Administrativo – Parceria público-privada firmada na administração passada e não sequenciada pela atual gestão. O terreno onde seria construído foi doado ao filho de um vereador da base do prefeito

– Veículo Leve Sobre Trilhos – VLT (o chamado Metrô de Superfície) – obra com as cartas de anuência do BNB e do BNDES aprovadas, mas a implantação não foi sequenciada na atual administração

– Feira Central – Obra iniciada na gestão passada com primeira medição paga e serviços de esgotamento sanitário executados; projeto pronto após dois anos de discussão com os feirantes; recursos garantidos para continuar com a execução da primeira etapa das obras; a prefeitura, na atual gestão, perdeu os recursos e não deu sequenciamento à obra.

HÁ LISTA DE PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS

– Hospital do Idoso

– Merenda Extra para os alunos da rede municipal

– Entrega de medicamentos em casa

– Realização de concursos públicos – nos seus dois mandatos, fez um único concurso, com 200 vagas, que foi eivado de vícios, tanto que foi questionado e até hoje está pendente na justiça

– implantação de planos de cargos – até hoje não implantou um só.

SÍNTESE

Trocando em miúdos, é diante deste conjunto de fatos comprovados e das propostas e nível de domínio de gestão pelos candidatos que Campina Grande vai escolher a figura do (a) sucessor (a).

O quadro está aberto.


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