Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Opinião

Eleição na APL: gratidão e registros do 2º turno, ocorrido em 9 de maio de 2025


10/05/2025

Antes de tudo, quero expressar minha profunda gratidão aos 13 acadêmicos e acadêmicas que entenderam a essência da minha candidatura e me confiaram seus votos nos 1º e 2º turnos. Minha proposta visava trazer novas perspectivas aos princípios fundamentais da Academia Paraibana de Letras (APL), ampliando a compreensão sobre cultura e arte para além dos paradigmas tradicionais, valorizando as diferentes maneiras de pensar e entender o mundo, e reconhecendo a riqueza da diversidade cultural.

Parabenizo o advogado e escritor Renato César Carneiro por sua produção intelectual e apresento minhas congratulações por sua eleição. Desejo-lhe sucesso.

NOS BASTIDORES DA ELEIÇÃO

Nesse debate, tornou-se evidente que a distinção entre cultura clássica e cultura popular ainda é mal compreendida na APL, o que foi exacerbado por um tom debochado adotado em algumas intervenções, limitando ainda mais a possibilidade de um diálogo respeitoso e aberto, onde diferentes perspectivas pudessem ser compartilhadas e consideradas. Essa falta de entendimento, combinada com a falta de seriedade em algumas discussões, parece ser um obstáculo significativo para o avanço dessas questões.

Como jornalista, registro um fato inusitado que chamou atenção no discurso do candidato Renato César Carneiro durante o primeiro turno. Em tom laudatório, ele parabenizou a condução da comissão eleitoral, atribuindo-lhe mais credibilidade do que ao processo eleitoral conduzido pelo TSE, e destacou a utilização de cédulas como uma abordagem mais confiável em comparação ao voto eletrônico.

Isso aparentemente angariou a simpatia de acadêmicos e acadêmicas que se agruparam em torno de sua candidatura. Rumores sobre debates acalorados em um grupo de mensagens da APL, que discutem questões ideológicas em vez de cultura e arte, parecem ter influenciado essa adesão. É lamentável ver um espaço de representação da cultura ser tomado por discussões políticas, prejudicando sua finalidade original de discutir e promover a cultura.

SAUDAÇÕES AO IMORTAL CARLOS ARANHA

Registro que nossa campanha estava alinhada com a valorização da Cadeira 29, ocupada pelo também jornalista Carlos Antônio Aranha de Macedo, com quem compartilhei experiências e projetos inovadores no campo das artes e da cultura da Paraíba, incluindo a pioneira difusão das letras em jornais e a criação da Associação Folia de Rua, um evento que celebra a cultura popular. Nossa intenção era destacar a vida e obra de Aranha, ressaltando sua contribuição fundamental para a cultura e identidade paraibana.

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GRATIDÃO

Reitero minha gratidão aos 13 eleitores e eleitoras que me apoiaram nos dois turnos. Também registro nossa profunda gratidão ao movimento cultural, intelectual e jornalístico que nos apoiou desde o início da campanha, incluindo o presidente e os ex-presidentes da API, membros do Departamento de Comunicação e Jornalismo da UFPB, que reconheceram a importância de manter a Cadeira 29 ocupada por um jornalista, bem como aos membros da Associação Folia de Rua, do Comitê do Centro Histórico e aos movimentos culturais da sociedade paraibana que se manifestaram em nosso favor.

Obrigado por tudo.

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