Geral
Eita Paraíba pra gostar de briga
14/11/2007
A crise política na Paraíba está longe de acabar. Foi o que ficou evidente nestes primeiros dias da semana por conta da data limite de apresentação das emendas que resultem em mais investimentos para o estado.
Por pouco, muito pouco, como se chegou a ser ameaçado a Paraíba não teria ficado sem R$ 500 milhões em face da crise entre parlamentares do governo e oposição.
Mas, como a sucessão municipal do próximo ano priorizou neste momento das emendas os movimentos dos deputados, sobretudo dos que têm vinculo com Joao Pessoa e Campina Grande, logo a falta de consenso perdurou até a ultima hora.
Mas, dados levantados pelo Departamento de Documentos e Dados do portal WSCOM Online indicam que o histórico do processo de distribuição de emendas para os deputados federais e senadores apresenta o seguinte detalhamento:
Até o ano 2000 as 15 emendas orçamentárias apresentadas pelos deputados e senadores atendiam ao critério de que cada um parlamentar gerava a indicação de recursos à época a serem ministrados pelo Governo Estado.
Tempos depois, os senadores ponderaram que não estava equânime a distribuição de emendas porque, enquanto cada deputado atendia a uma reunião, os representantes do Estado precisam de mais condições para atender ao conjunto e não só uma região.
Com esse argumento, ficou estabelecido que o senador teria uma emenda a mais passando de 15 para 18 emendas.
No decorrer do processo gerou-se o entendimento de que haveriam ainda 3 outras emendas distribuídas com o governo do Estado, João Pessoa e Campina Grande.
Em face da crise política, desde a reeleição do governador Cássio Cunha Lima, as emendas dos deputados federais e do próprio senador José Maranhão, da Oposição no estado, passaram a ser distribuídas ou indicadas para os municípios ligados ao grupo não mais repassando-as para o Estado.
Foi o que se repetiu até poucas horas atrás com a Oposição indicando 9 emendas para os municípios de seus interesses e vínculos políticos ficando o governo com as 9 outras emendas.
Só que, diante do novo cenário, os senadores Efraim Morais e Cícero Lucena ligados ao governador Cássio decidiram reivindicar que as emendas destinadas a Joao Pessoa e Campina Grande fosse geridas pelo Governo e não pelas prefeituras, sob o entendimento de que as edilidades já estavam contempladas nas emendas apresentadas pelos parlamentares da Oposição que, nesse contexto, contou com o apoio do deputado federal Damião Feliciano indicando sua emenda para João Pessoa fato novo no contexto.
Foi isso acontecer para o clima de guerra se estabelecer até o momento final do juízo e da razão se estabelecerem para evitar que a Paraíba perdesse R$ 500 milhões em 2008.
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