Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

“DE MÃOS ABANANDO”


10/08/2013

Foto: autor desconhecido.

Durante o período da imigração no Brasil, era uma prática comum que os imigrantes tivessem suas próprias ferramentas de trabalho e aqueles que não as possuía, ou andavam de “mãos abanando” eram vistos como um preguiçoso, uma pessoa que vive ao léu, sem amparo e sem objetivo na vida. Uma ferramenta podia indicar uma profissão, uma habilidade e demonstrava disposição para o trabalho.
 

Partindo deste princípio, entende-se que para tudo na vida deve-se ter em mãos as ferramentas. Sempre mantendo o foco nos objetivos, na direção, com muita vontade e determinação. Se não for assim, não se consegue atingir as metas desejadas e ficar de “mãos abanando”.

Já a pessoa que não traz nada consigo, o fracassado, não consegue o que pretende porque não leva a sério seus ideais. Desprovido das ferramentas não encara com responsabilidade e seriedade a empreitada. Despreza os fundamentos importantes e ainda se “acha” no mesmo nível de qualificação e capacitação.

O termo é muito usado para dar exemplo em situação quando um indivíduo vai a uma festa, onde os bons modos reza que se leve um presente, se não o faz se diz que chegou com “as mãos abanando”.

Também pode significar a ausência de ganhos ao não se ter respostas positivas nos projetos apresentados aos superiores. Minando sentimentos de frustrações, tristezas e até mesmo de inveja. Por não entender os motivos da falha sempre buscam um “bode expiatório”. E sem as ferramentas, eles não conseguem ver que “quem não tem competência não se estabelece”.

Resultados positivos são conquistados quando se adota uma postura dinâmica, atitudes concretas, transparências nas ações, ousadia e coragem para enfrentar os desafios.

Difícil acreditar em quem, de vez em quando, sai de suas lutas com “as mãos abanando”, principalmente quando se trata de alguém que tem a responsabilidade de gerir algo ou definir rumos na vida de outros. Mostra-se incompetente ou negligente.

• Integra a coletânea de textos que intitulei “REFLETINDO A SABEDORIA POPULAR (ditados, expressões e provérbios populares)”.

 

 

 


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