Geral
Crise versus realidade
20/09/2007
Foto: autor desconhecido.
Brasilia – Impressiona como, às vezes, melhor se conceitua as coisas da vida quando se está um pouco distante do furacão político motivado em muitos momentos pela interferência da economia oficial na vida normal das sociedades, como pode ser aplicado ao Estado da Paraiba e/ou João Pessoa/grandes centros por sofrerem forte impacto das decisões políticas.
Todos sabem: o poder econômico emanada de recursos dos Governos (federal, municipal e principalmente estadual) produz forte interferência nos negócios e na sobrevivência das pessoas.
O preâmbulo serve como tese de uma reflexão serena a mostrar que, muito diferente da crise artificial exposta pelo embate político, o processo de vida administrativa no Estado se processa dentro da normalidade comum a qualquer tempo. O dado novo: com perspectiva.
A cena jurídica, que produziu a cassação e o resgate do mandato do governador Cássio Cunha Lima, até que insiste nos bastidores em registrar fortes embates e ásperos discursos e pretensoes, mesmo assim o contexto dessa crise até agora não engessou a administração, muito pelo contrário, nem criou o caos, como queria e quer a Oposição.
O cenário de que agora trato é tão distinto entre realidade e intenções que, ontem, por acaso me vi diante de avaliações sobre o futuro da máquina administrativa do Estado, a partir da greve do Fisco segmento fundamental, mas radicalizando numa hora errada e/ou outras questões mais estruturantes.
Lembrei-me, por exemplo, de dois elementos importantes chegados à memória: 1) a questão do pagamento do 13º salário que, este ano, se processará sem a imposição do empréstimo forçado ao funcionalismo redundando com isso em reconquista do domínio financeiro para esse fim e a conclusão paralela do empréstimo anterior (ano passado) levando o Estado a desembolsar R$ 7 milhões/mês.
Esse ajuste financeiro implicará na consolidação, enfim, no equilíbrio das contas do Governo.
A propósito, lembro de conversa recente com o ex-ministro Mailson da Nobrega com ele lembrando do papel fundamental que teve o mestre da tributação de nome José Soares Nuto. Vem dele até hoje essa busca de estabilidade.
Tem mais: projeta-se para os próximos tempos o alcance de nova etapa devendo significar na redução do pagamento dos serviços da Divida estadual de 18% para 9% – cuja redução de compromissos implicará na oportunização do Governo ter condiçoes para novos investimentos.
Os dois dados, depois nos ateremos a outros também importantes, significam dizer que o Governo se mantém produzindo números em nível positivo tal que, queiram ou não, o cenário econômico-financeiro da maquina estatal é de estabilidade com perspectivas positivas para o futuro.
Quem viver, verá.
O preço do amargor
Somente agora, depois do tempo de escuridão financeira para muitos aliados do atual governo, é que se compreende o tamanho do enxugamento indispensável para, no inicio do segundo mandato, reparar sangrias e erros cometidos na primeira fase da gestão quando Cássio não adotou as medidas de agora.
Não fossem as medidas amargas, muito amargas adotadas, certamente que o governo Cássio e o próprio sentido de máquina administrativo em si estariam hoje no furacao da ingovernabilidade enfrentada pelo decente governador Teotonio Vilela Filho no Estado de Alagoas.
Última
Eu dou a minha face pra bater/
mas se quiser pode beijar…
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