Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Compra de votos: denúncia, ética e campanha


25/07/2014

Foto: autor desconhecido.

De repente, eis que o processo eleitoral no Estado da Paraíba se viu sacudido pela revelação de uma suposta compra de votos por parte da coligação liderada pelo senador Cássio Cunha Lima. O assuntou ganhou manchetes, a partir da denúncia construída pelo multimídia Sales Dantas, que gravou uma conversa com o prefeito de Caiçara, Cícero Francisco, e tudo foi parar na API como “bomba” do dia.

A rigor, sem tirar nem por, a denúncia não se sustenta no quesito envolvimento do candidato do PSDB, que mesmo citado inexiste elemento concreto para comprovar sua participação.

É verdade que o assunto deva perdurar ainda por algum tempo, mais pela condição de necessidade e estratégia de campanha, mas com o passar dos dias tudo estará mais esclarecido em face da fragilidade da comprovação em tela.

Como se diz lá na Torre, é muito provável que a montanha pariu um rato.

EM TEMPO

O contexto, na verdade, se constitui em advertência sobre um elemento perigoso, muito próximo da possibilidade de existência noutra conjuntura de grampo ilegal tornado como prática real, mesmo criminosa.

É preciso encarar esta temática como dado importante a ser investigado por quem de direito.

A ÉTICA E A COMPRA DE VOTOS

Mesmo sem provas prévias, não tememos apontar como perspectiva real, a projeção de que em 2014 haverá compra real de votos no decorrer da atual campanha eleitoral.

Do Oaipoque ao Chuí, ninguém se iluda, que apesar do empenho soberano dos Tribunais Regionais Eleitorais haverá, sim, compra de votos, inclusive pelos que se apresentam como paladinos da boa ética na política.

Comumente, e isto faz parte da Cultura política brasileira, só há comprador porque há quem se permita ter seu instrumento de Soberania adquirido por alguns contos de Réis.

É o processo cultural ainda rasteiro, oriundo da educação em tom cidadão baixo, mas que precisará ser encarado pela futura bancada de Deputados Federais e Senadores na perspectiva de se ter uma real Reforma Política – se possível com patrocínio público e maior rigor na estrutura partidária, uma vez que da forma existente é garantia da compra de votos, especialmente às vésperas das eleições.

ÚLTIMA

“O samba ainda não raiou…”

 

 


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