Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Como Jorge Gerdau pinça Ricardo para cena nacional


29/09/2015

Foto: autor desconhecido.

{arquivo}A presença do mega empresário Jorge Gerdau em João Pessoa nesta terça-feira, 29, para proferir palestra para um auditório superlotado do Espaço Cultural de agentes políticos e multiplicadores de todo Estado pode ter parecido mais uma atividade normal de quem vive buscando disseminar teses sobre “Brasil competitivo”, mas não foi. Seguramente, sinaliza e marca tempo como a primeira iniciativa de fora do Nordeste a reconhecer no governador Ricardo Coutinho, a partir do campo empresarial, como expressão da vida pública a merecer expansão de imagem no Brasil. Antes, fora a entrevista na REDETV, em São Paulo,quem começou a exibir o tamanho da gestão do lider socialista.

Muitos podem estar desatentos, mas foi Gerdau quem primeiro percebeu e motivou as andanças do ex-governador imortal Eduardo Campos como liderança política emergida a partir do Nordeste brasileiro como alternativa no campo progressista, onde pontifica o Partido dos Trabalhadores há 12 anos, para a disputa de 2014.

Veio a tragédia já conhecida e o País ficou desfalcado de um personagem de dimensão além Pernambuco com discurso e cancha capaz de mexer com os rumos discursivos e de Poder no Brasil.

QUEM É GERDAU

{arquivo}Reconhecido internacionalmente por seu arrojado tino de investidor privado a partir do aço, Jorge Gerdau é quem nutre nos últimos tempos o projeto de disseminação de ideais liberais com o Instituto "Brasil Competitivo" formando gerações de executivos pelos diversos Estados numa ação com raízes no mundo neoliberal, mas dialogando com ideologias divergentes,entre elas do socialismo.

Mais do que disseminar ideologia, Jorge Gerdau tem sido ator importante nos rumos do país, como é dado saber e reconhecer sua participação em momentos difíceis da economia no Governo Lula quando foi importante, ao lado de outros grandes empresários, na construção de meios para transformar a onda gigante em “marolinha”, como tipificou o líder petista.

O FUTURO DE RICARDO

Na Paraíba, qualquer menção de expor Ricardo Coutinho como expressão nacional gradativa no plano políticom logo pode ser traduzido pelo filtro a favor ou contra, embora nenhuma dessas nuances é mais válida do que a realidade dos fatos onde, por mérito próprio, ele tem sido chamado a falar em nome, por exemplo, dos governadores do Nordeste.

Não é fácil assumir este manequim diante de estados ricos como Bahia, Pernambuco e Ceará, da mesma forma frente a lideres de futuro como Wellington Dias e Flávio Dino – este último desbancador do reino de Sarney.

E AGORA, O QUE FAZER?

Gerdau deu a senha nesta terça-feira e deve, como fez com Eduardo Campos, pegar nos braços de Ricardo e sair pelo Sudeste e Sul mostrando que é possível numa cena sócio-economica adversa construir soluções de fato para antigos problemas. São os números, os indicadores da Paraíba a animar o gaúcho.

O governador da Paraíba se credencia neste patamar ascendente. Como se diz lá no bairro da Torre e é só o começo. O danado sabe voar mirando o Planalto, cuja meta é muito difícil de alcançar, embora só está dentro do processo de possibilidade e alternativa já é um grande ganho para o filho do bairro de Jaguaribe.

Em síntese, RC se afirma como alternativa do Partido Socialista Brasileiro mesmo com o vice-governador Márcio Freitas querendo puxar a brasa para sua sardinha, ou seja, ser governador querendo aliar a legenda a Geraldo Alkmin.

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“Pra ir mais alto/ vai ter que suar…”
 


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