Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Política

Como a decisão de Mariz construiu um Procurador Federal da República, ao invés de um deputado federal; eis o pragmatismo em voga


16/09/2020

Para Débora Julinda, esposa, com os 3 filhos (Francisco  Leocádio, Lucas e André)

Em 1990, o PMDB tomou a decisão sob o comando do presidente Humberto Lucena de lançar o então prefeito de Campina Grande, Ronaldo Cunha Lima, como candidato ao governo contra Wilson Braga (PDS) e João Agripino Neto (PRN), partido do então presidente Collor, tendo como candidato ao senado, Antônio Mariz.

Esta é a cena central com muitos cenários de bastidores, um deles envolvendo o atual (e há anos) Procurador Geral da República , Luciano Mariz Maia.

À época, Luciano produzia a inteligência política ambulante ampliada do que fora em 1982 pós a primeira histórica disputa de Mariz ao Governo, ao que a socióloga do povo da Torre, Dona Maria Julia, dizia: ” ninguém segura esse Menino seja onde ele estiver”. Esse menino era Luciano Mariz Maia.

Vieram as negociações e Luciano se dispôs a Mariz ser seu candidato a deputado federal. Belo quadro, sem dúvidas, mas à época Mariz perdendo nas pesquisas para Marcondes Gadelha não podia bancar o tal nepotismo que naquele momento lhe levaria à derrota. Resultado: disse a Luciano que não podia bancar sua campanha.

Ato seguinte o brilhante advogado de família extraordinária decidiu sair de campo e estudar para concorrer a concurso no Ministério Público Federal levando-o à época a ser aprovado e deixar definitivamente a política partidária.

Ainda teve a campanha de Haroldo Lucena com ela na vice e, mais uma vez, a filósofa popular da Torre emitindo juízo de valor: “pode não ganhar, mas quem perde é a cidade pelo brilho do valor dessa gente, e especial Luciano”.

Seja como for, o MPF, as lutas das minorias como dos Ciganos de Sousa, os índios da Baa da Traição, os negros, ganharam novo Líder sem igual para defendê-los.

Este é resumo da história vitoriosa do Procurador Geral da República, Luciano Mariz Maia, um encantador que a política lhe fez à margem.

Agora mesmo não quis disputar com chances a reitoria da UFPB.


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