Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Cássio, sua defesa-ataque e a reação


06/08/2007

Foto: autor desconhecido.

A sociedade paraibana acordou com o prenúncio de que o governador Cássio Cunha Lima viria durante seu programa semanal desta segunda-feira iria produzir revelações bombásticas – tudo em torno da fase pós cassação de seu mandato pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Não foi nada disso o que aconteceu; Cássio expôs com minúcia sua defesa na relação direta com o cidadão na essência mostrando os fatos citados para a decisão dos juizes e a realidade diferente da forma entendida.

Veio o horário do programa e o que se viu, além de um governador contundente, incisivo, indignado e acusador especialmente na direção do Sistema Correio de Comunicação, foi um agente público tratando do problema em flancos diferentes, mas com estratégias.

Primeiro, nada de acusação bombástica contra o TRE , à quem se referiu algumas vezes dizendo respeitar a decisão, embora discordando inteiramente do encaminhamento final, tanto que repetiu a sua decisão de contestar na busca de reverter a decisão exalada a partir do TSE. Ele insiste em dizer ter provas de sua contra-argumentação eficaz.

Do outro aspecto, mais político, Cássio exibiu com domínio peculiar suas contra-argumentações sobre o processo pontuando cada aspecto levantado pelo Tribunal obtendo dele próprio explicações como a desmontar um a um dos dados frutos da acusação.

Expôs a questão dos 30 mil cheques da FAC suspensos antes das eleições (junho), dos programas sociais – vide Ciranda de Serviços acatando pedidos dos mais pobres da sociedade com regularidade, processos e abrigo legal – conforme expôs demoradamente.

De mais forte, além dos argumentos expostos acerca dos programas sociais, o que se foi um governador voltando a responsabilizar o Sistema Correio por reproduzir “informações distorcidas, mas transformadas em verdades para beneficiar seu diretor presidente, empresário Roberto Cavalcanti, por ser suplente querendo assumir o Senado sem receber um voto sequer dos paraibanos”.

Em sintese, no contexto do programa, o que se teve de mais forte foi a retomada do enfrentamento com o Sistema Correio e a decisão repetida de lembrar que 1 milhão de votos não se pode acabar, sustar sem amplo direito de defesa por afirmou que vai resistir até o fim.

Cássio está convicto de dispor de documentos provando seu cerceamento de defesa e, consequentemente, da legalidade dos atos praticados com os programas sociais posto que, como lembrou varias vezes, eles foram suspensos muito antes das eleições, portanto, não tiveram a influência no resultado de primeiro e segundo turnos.

Agora, tudo posto precisa encontrar eco nos tribunais – instâncias que decidirão o rumo no futuro mais próximo. O fato de poupar os juizes, por exemplo, já acena com nova postura nessa dificil relação.

Na defesa

O senador José Maranhão tão logo tomou conhecimento do posicionamento critico do governador saiu em defesa do Sistema Correio e do Tribunal Eleitoral.

Maranhão disse que o governador está querendo encontrar um inimigo para rivalizar seu tempo e comentou que respeitará a decisão da Justiça.

Acusação da Folha

O senador Maranhão também foi abordado nesta segunda-feira pela Imprensa local acerca das acusações da Folha de São de Paulo acusando-o de ter diversos processos podendo estar na iminência de cassação.

A Folha também trata do enriquecimento do senador durante os últimos anos levando em conta o Imposto de Renda.

À imprensa o senador negou a procedência da reportagem da Folha.

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