Nada mais incômodo do que um calo. Todos nós já sofremos com isso e procuramos formas de amenizar a dor que ele provoca. E só nós podemos saber a melhor maneira de torna-lo menos incômodo.

A sabedoria popular se apropria dessa experiência que todo mundo já viveu para ensinar que “cada um sabe onde o calo lhe aperta”. Em outras palavras, só nós mesmos podemos avaliar o tamanho de sofrimentos ou angústias que estejamos vivendo. Por mais que pessoas próximas, até por tentativa de nos consolar, nos digam “eu sei o que você está sentindo”, elas não conseguem medir com exatidão o nosso sentimento. O drama que cada um vive nunca é exatamente igual ao do outro, sempre tem algo particular.

Conhecendo nossas próprias dores nos condicionamos a buscar o remédio adequado para alivia-las. Não podemos dispensar o auxilio de outros, que colocam suas experiências em nosso favor, mas cabe a quem estar sentindo o “calo apertar” e “onde estar”, encontrar o melhor jeito de suporta-lo com menos sofrimento.

Se o “calo” não pode ser extirpado, que pelo menos possa se situar num sapato que ao andar não incomode tanto. A escolha do sapato ideal é responsabilidade única de quem vai calça-lo, uma vez que o “calo” não pode ser sentido por mais ninguém.

Então as dificuldades enfrentadas, os dissabores vivenciados, os problemas encontrados, só podem ser dimensionados por você próprio. Portanto, é exclusiva sua a capacidade de remediar o incômodo do “calo”, porque só você consegue saber “onde ele aperta”.

• Integra a coletânea de textos que intitulei “REFLETINDO A SABEDORIA POPULAR (ditados e provérbios)”.