Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Política

Brava Gente Brasileira


15/10/2021

O povo brasileiro está dando exemplo ao mundo. Mostrando que não se curva em obediência a campanhas negacionistas. Tem se mostrado fiel à cultura nacional da política de vacinação, não obstante o posicionamento de lideranças políticas do país em contrário .

Percebe-se o interesse coletivo em se vacinar, reagindo contra os que desestimulam a imunização. São poucos os que têm se mostrado receptivos às falsas informações, algumas surpreendentemente partidas do governo, buscando desacreditar da eficácia das vacinas. A declaração do presidente da república de que não tomará vacina, em nada vem influenciando a opinião pública. Pelo contrário, pesquisas demonstram que nove em cada dez brasileiros querem ser vacinados, refletindo, então, o quanto está desacreditado o chefe da nação perante os seus governados.

O Brasil tem uma tradição de respeito às vacinas. Perdem tempo, então, os que lutam contra. A adesão espontânea dos brasileiros à imunização, coloca nosso país numa posição de referência para o mundo inteiro. Apesar das dificuldades para conseguirem se vacinar, as pessoas, em sua grande maioria, rejeitam a orientação do primeiro mandatário e estão aderindo à política de imunização responsavelmente adotada por governadores e prefeitos.

Promover a pseudociência e incentivar a desinformação, têm sido uma estratégia política do governo federal, subestimando a gravidade da pandemia. Felizmente, o povo está fazendo “ouvidos moucos” a esses irresponsáveis discursos negacionistas. O resultado é que a vacina está salvando o povo brasileiro. De nada adiantou o presidente insistir na desconfiança da sua eficácia. Sua postura anticiência é amplamente rejeitada pela população.

A brava gente brasileira está dando resposta ao presidente, desconsiderando suas recomendações pela não vacinação. Aliás, essa é uma postura que vai na contramão da conduta adotada historicamente pelos presidentes da república durante surtos de doença no país. Seus antecessores sempre deram apoio às campanhas de incentivo à imunização da população. O negacionismo, como política, experimenta um retumbante fracasso. O presidente é um líder que não é ouvido, nem consegue ser confiável nas suas afirmações.

Quando o Hino da Independência afirma: “brava gente brasileira, longe vá, temor servil”, revela nossa capacidade de resistir às ações que tentam impor comportamentos servis a lideranças que fogem da racionalidade e da sensatez.


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