Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

As mudanças no rádio


28/08/2007

Foto: autor desconhecido.

Fazia tempo não se via tamanha mexida nos bastidores do rádio da Paraíba, de João Pessoa particularmente, quanto agora na atual fase de reestruturação de algumas emissoras e programas jornalísticos. Antes que qualquer coisa seja dita, uma indagação: o rádio vai mesmo mudar?

Foi o Grupo das TVs e Jornal da Paraíba capitaneado pelo empresário Eduardo Carlos quem produziu toda a rearrumação tirando do seu ‘staff’ uma rádio de programação para jovens ( Jovem Pan) transformando-a em emissora popular com inserção expressiva no radiojornalismo.

De uma tacada só trouxe para o mesmo guarda-chuva profissional a experiência de Napoleão de Castro adicionada a de Arimatéia Souza, Cláudia Carvalho, Padre Albeni, Marconi Ferreira e o tempero neo-brega-popular de Jorge, Samuca e Emerson Machado. Isso sem contar Munção, que é a figura ‘pós-tropicalista – coroné – chacrinado’ de Munção no período da tarde.

Na prática significa dizer que a composição dessa equipe significou mexida na Arapuan, Miramar e Tambau FM, onde estavam os profissionais agora mencionados.

Como conseqüência, o empresário João Gregório fez retornar ao berço o radialista Batista Silva ( também brega neo-clássico de alta audiencia), bem como adicionou na equipe de Geovani Meireles – vide Rádio Arapuan e TV Miramar – a experiência indiscutível de João Costa, bem como a inquietude e sapiência da vereadora Nadja Palitot – esta a novidade.

Dentro deste cenário vários aspectos precisam ser constatados e, na seqüência, indagados sobre os desdobramentos:

– o Grupo Paraíba resolveu disputar o mercado popular antes fatiado em termos de liderança entre a 98 e 95 FM;

– o preço dessa decisão foi investir no popularesco mesclado com jornalismo topa-tudo (ou quase tudo);

– a 98 FM, precavida, segurou sua turma dando reajuste salarial antecipado;
– e João Gregório resolveu ir à forra dentro do possível, mas sem querer perder a pouse nem o faturamento, a audiência e o financeira.

Diante de tudo isso, indaga-se: e agora, o que será de nossa essência radiofônica? Popularizar significa o que mais, além de estar próximo da linguagem do povo? Finalmente, quem ganha e quem perde nessa parada?

Bom, a resposta está no juízo de valor de cada pessoa, mesmo que seja pertinente advertir e/ou torcer para que o nível dos programas se mantenha com ética e responsabilidade comum à radiofonia cidadã em favor da livre expressão coletiva.

Certamente que nossos colegas haverão de primar pelo desejo ético da sociedade.

Como será

A presença de Nadja Palitot no programa jornalístico da Arapuan suscita uma indagação básica: como será o clima quando o prefeito Ricardo Coutinho for dar entrevista na emissora sabendo-se desde já do contencioso entre eles?

Trocando em miúdos: a nova composição foi muito mais favorável para Nadja pela super-exposiçao do que para a rádio em si (na avaliação absoluta). quando se tratar de desafetos da líder / parlamentar.

Última

“Escute essa canção/ que é pra tocar no rádio/
No rádio do seu coração…”


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