Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Música

Ao final do ano, a celebração fantástica da obra e vida de Cátia de França; eis a “vovó” mais cult e massa


31/12/2023

Para Maestro Chiquito

Quem não foi à Usina Cultural, em João Pessoa, às vésperas do Ano Novo seguramente perdeu um dos melhores shows do ano sob o comando estético, conceitual e de obra extraordinária em torno de Cátia França – um misto de um encantadora e dona de repertório sensacional da artista da MPB defendendo canções de extrema qualidade e propostas humanizadas super atualizadas.

Desta feita, ela esteve durante todo o show dividindo palco com artistas de elevado nível conduzindo DNA – Made in PB – ou seja, Escurinho, Luana Flores, Jozhé e Lucy Alves fazendo uma noite conceitual de primeira grandeza sem dever a ninguém.

Cátia de França expôs, a rigor, seus grandes sucessos, a exemplo “Estilhaços”, “Ponta do Seixas”, “20 Palavras ao Redor do Sol”, “Djaniras”, “ Kukukaya”, “O bonde”, “ Itabaiana”, “Coito das Araras”, “Quem vai, quem vem”, etc, mostrando a performance típica, histórica e comparativa de Rita Lee, sua contemporânea pelo filtro da mulher capaz culta, nordestina decifrando enigmas e embalando almas por seu perfil extremamente eclético.

Sem tirar nem por, ao longo dos 76 anos, Cátia de França expressa a soberania humana de uma mulher múltipla, visionária, guerreira, espiritualmente sob efeito das matrizes afro, engajada em lutas sociais mas também amorosa.

Foi a síntese de tudo isto o que ela levou ao público produzindo delírio e encantamento por sua conduta de artista top e sem igual na arte de compor e tocar canções da liberdade humana no alto de sua idade.

ÚLTIMA

“não tens o sangue frio/
frio do asfalto/
teu mundo não é feito, feito só de aço/
espalhas estilhaços de amor”


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