Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Cultura

“AINDA ESTOU AQUI”- A força do cinema e a simbologia histórica sobre como Ditaduras sanguinárias precisam inexistir para sempre, inclusive na contemporaneidade


02/03/2025

Vamos combinar: todas as atenções intelectuais do Planeta Terra, em especial do Ocidente, se voltam neste domingo, 2 de março, para o resultado do OSCAR – maior premiação do cinema americano – onde o filme brasileiro “Ainda estou Aqui” disputa em três categorias, inclusive a de Melhor Atriz representado pela extraordinária Fernanda Torres.

A oportunidade em que tudo se insere tem a ver com a atual conjuntura global de tantos conflitos e guerras diante da essência discursiva do filme abrigando narrativa, roteiro e interpretação dos atores sobre um episódio real acontecido em plena Ditadura Militar no Brasil nos anos 60 com sumiço e morte do deputado federal Rubem Paiva.

O drama vivido pela família do líder morto pela Ditadura, a partir da esposa / viúva Eunice Paiva e filhos, sobretudo ela, em lutar pelo desvendamento do paradeiro e constatação da tragédia, é cena impactante, mas infelizmente comum em outras famílias também vítima das arbitrariedades.

A PARAÍBA NO PARALELO

No clima em que o enredo do filme ‘Ainda Estou Aqui’ foca em denunciar tragédia, se faz importante inserir a Paraíba neste contexto de denúncias porque no Estado, o filme ‘Cabra Marcado Para Morrer’ expõe a luta hercúlea da também viúva do líder camponês Pedro Teixeira, Elizabeth Teixeira, vítimas do latifúndio paraibano, da mesma forma que o engenheiro e líder das Ligas Camponesas, Assis Lemos, preso e torturado pela Ditadura.

Embora sejam cenas históricas diferentes, mesmo de muita força com certeza, há na essência de tudo um véu de vínculos históricos a clamar por justiça e fim definitivo dos arbítrios e de cenários de guerra.

Em síntese, o mundo exige contextos pacifistas a se multiplicarem por todo o mundo. Chega de guerras e de intolerâncias.

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