Toda a América do Sul anda impactada com o resultado da vitória do economista Javier Milei tendo 55,95% dos votos contra 44,04% em favor de Massa – a maior vantagem de um candidato a presidente nas eleições recentes na Argentina – com seu discurso ultra liberal prometido em campanha.

A dolarização da economia tornando o peso com valor de um dólar e o desmonte completo das políticas públicas básicas são a essência de um projeto neoliberal a ser implantado ou tentado porque ele terá minoria no Legislativo argentino – tudo impactando para dentro e fora do país.

A propósito da dolarização, em 1994 o então presidente FHC adotou inicialmente esse modelo mais o estrado financeiro do Real não sustentou a medida.

A vitória de Milei traduz a maior derrota ao estendido tempo de poder do Peronismo, cujo desgaste por força da realidade histórica de crise econômica e empobrecimento social resultou na eleição radical em curso.

Agora, neste novo momento em diante, só resta aguardar os desdobramentos de seu posicionamento já declarado contra o Mercosul, suas críticas ao papel do Brasil e da China levando em conta ainda como tratará as relações bilaterais comerciais importantes entre os dois países.

Milei é um furacão neoliberal muito distante das teses capitalistas de Keynes muito aplicadas pelos EUA, por exemplo, para resolver os problemas econômicos graves como se deu recentemente na Pandemia injetando Trilhões de Dólares e em 2008 com a crise imobiliária na mesma dimensão.

Eis a realidade nua e crua a exigir convivência e acompanhamento. No jogo bruto, valeu a manutenção da Democracia como modelo sustentável.

ÚLTIMA

“Hoje/ alguém pôs a rodar/ um tango de Gardel”