Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

A “Villa Sanhauá”


13/07/2017

Foto: autor desconhecido.

 

Uma das primeiras preocupações do prefeito Luciano Cartaxo ao assumir o governo municipal, foi a de resgatar os projetos que oferecessem as condições de promover a revitalização do nosso Centro Histórico. E isso vem sendo feito, sempre procurando atender às exigências técnicas dos órgãos de fiscalização (IPHAN e IPHAEP), porquanto serem intervenções em que se exige observância de legislação específica voltada para áreas tombadas como patrimônio histórico e cultural.

O prefeito, todavia, tem a consciência de que não basta simplesmente restaurar imóveis, mas definir seu uso, de forma a que se transformem em espaços de promoção da cultura e de atração turística. Ao tomar para si essa responsabilidade, compreende que a revitalização do Centro Histórico passa também pela necessidade de oferecer condições de moradia nesse ambiente em que surgiu a cidade.

João Pessoa nasceu às margens do Rio Sanhauá, na área urbana hoje conhecida como Varadouro e Porto do Capim. Ali se estabeleceram os primeiros estabelecimentos comerciais, administrativos e religiosos. As residências de origem, em sua maior parte, com o crescimento populacional e da malha urbana, se deslocaram em direção ao litoral. Com a descentralização das atividades (públicas e privadas), o Centro Histórico passou a enfrentar problemas de congestionamentos e degradação do seu patrimônio arquitetônico e urbanístico.

A atual administração municipal decidiu então pensar a adoção de políticas públicas direcionadas à reversão de imóveis vazios, subutilizados ou degradados, para uso habitacional, aproveitando das vantagens da centralidade da área como fatores que possam motivar as pessoas a morarem no Centro Histórico.

Foi com essa visão que se concebeu a idéia da “Villa Sanhauá”, num projeto de restauração de oito casarões (em ruínas) da rua João Suassuna, dos quais um será destinado à ocupação por unidade administrativa da prefeitura e os outros sete transformados em dezessete unidades habitacionais e seis comerciais. A SEMAHB – Secretaria de Habitação do Município é a responsável pela elaboração e execução do projeto, sob o comando da competente secretária Socorro Gadelha.

É sem dúvida uma estratégia inteligente para consecução dos objetivos maiores de revitalizar o Centro Histórico, tanto no que diga respeito à sua importância como atração turística, quanto pela oportunidade de gerar movimentação dinâmica da vida urbana do local, a partir da fixação de moradias na área.
 


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