Geral
A vez de A União
04/11/2007
Foto: autor desconhecido.
Tudo pronto para o inicio de julgamento do processo em que o governador Cássio Cunha Lima é o principal alvo acusado de beneficiamento de tratamento editorial no Jornal oficial A União, de propriedade do Governo do Estado. As duas partes, isto é, advogados divergem sobre a projeção do resultado a ser apresentado pelo Tribunal Regional Eleitoral na próxima quinta-feira.
Já há, como elemento processual, um parecer do ministério publico eleitoral abrigando a tese de cassação de mandato do governador o que se trataria em se efetivando em outra grande dificuldade para a vida política do chefe do executivo, que por sua vez se considera absolutamente seguro de que não há abuso nem atitude vedada na fase eleitoral.
Como se sabe, cada caso é um caso, portanto, não se pode aferir a um determinado processo o mesmo entendimento de outra natureza de foco processual, por isso se faz necessário entender os vários argumentos para compreensão do que venha a decidir os doutos juizes.
O Jornal A União, em que pese sua importância histórica, ultimamente só tem entrado em super exposição em momentos como este, posto que os esforços estratégicos do superintendente José Itamar da Rocha Cândido, mesmo assim já não o temos com a mesma performance de antes.
De qualquer modo, há o entendimento do ministério publico que houve super-exposiçao do governador com base na tiragem do jornal. Os dados chegados ao procurador fez a conta básica: somou a tiragem do dia a dia em torno de 5 mil/dia chegando a 25 mil/semana totalizando 100 mil/mês, Em síntese, com outros números disponíveis chegou à conclusão de que quase 1 milhão de jornais circularam em torno da fase eleitoral em 2006.
É esta a tese também esposa pela Oposição ao governador, através do advogado Marcelo Weick, principal argumentador de que o caso tem natureza mais grave do que no processo da FAC.
O argumento de Weick é rebatido integralmente pela defesa do governador, que nesta segunda-feira apresentará aos diversos juizes um arrazoado estatístico expondo as manchetes/capas de A União no governo Cássio paralelamente ao que apresentará comparativamente ao mesmo período quando do governo Maranhão.
A defesa do governador quer provar que o jornal editou matérias nas duas fases ( agora com Cássio e anterior com Maranhão ) tendo, de acordo com os advogados do chefe do executivo, apresentado dados de propaganda expressivamente mais na fase passada do ex-governador diferente de que no ano passado.
Eles querem com isso reproduzir o entendimento de que, se o Tribunal julgou processo similar ao de agora e inocentou o ex-governador Maranhão, certamente que esperam a mesma tese sendo esposada no caso Cássio, pois entender que comparativamente não há dolo na atual situação se relacionadas com o governo anterior.
Esta é a questão central do processo agora sob exame da Corte..
Em tempo
Até quarta-feira, provavelmente, a Coluna poderá trazer detalhes de um outro movimento de alta repercussão na Paraíba com perspectiva de mudar o rumo de importante processo.
Olha, o conteúdo processual de uma questão séria atual pode ser impactada como nunca visto.
Última
: Esse jogo não vai ser um a um…
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