A audiência formal do governador José Maranhão e o governador eleito Ricardo Coutinho diante da fase de transição teve o tamanho do que se esperava: protocolar, de pouco avanços e rápida. Era como se houvesse pouco clima para se aprofundar, como se pretende numa hora dessas.

Cercados de assessores, as duas lideranças cumpriram com seus papéis protocolares sendo civilizados no cumprimento e trato dos assuntos postos à mesa, tanto no interesse do governador eleito de já querer se apossar da estrutura em parte recebendo a reação de Maranhão de que facilitará a cessão de dados pedidos, mas não da forma pretendida por Ricardo.

Se for bem a fundo da questão, o governador eleito quer o que não Maranhão não permitirá sob hipótese nenhuma, que é o controle financeiro, o conhecimento minucioso das movimentações, algo que o atual governador não abdicará.

Pelo tom e o semblante dos dois lideres, da mesma forma que levando em conta o que disseram os assessores na saída do Palácio da Redenção, em termos concretos há muita fala, interpretações, mas de concreto mesmo é que a transição será dentro do tamanho mínimo possível.

Nada mais do que isso.

Cássio, seu futuro e do Governo

O ex-governador Cássio pode ser que não tenha ouvido dos advogados mais próximos comentários como os que vamos tratar agora, mas nesta sexta-feira, o assunto comentado nas rodas políticas foi a decisão do TSE de recusar os embargos declaratórios movidos pelo líder do PSDB, entretanto mais do que isso foi o sentimento gerado com o voto do ministro Ricardo Lewandowiski.

A posição assumida pelo presidente do TSE revisando voto dado em sessão anterior avaliando o caso Cássio gerou a impressão de que tal posicionamento tornou a situação do ex-governador muito mais complicada quando for votada no STF.

Ora, se Lewandowiski diz que a Lei Ficha Limpa se aplica para agora nos termos postos de 8 anos de aplicabilidade – tal posicionamento complica a vida do ex-governador.

Aliás, o futuro de Cássio passa por este resultado não só para efeito do processo em recurso no STF, como também na configuração do governo Ricardo e suas conseqüências porque uma coisa é o ex-governador com mandato e outra sem essa condição.

Por essas e outras os tempos seguintes na Paraíba vão ser de muita expectativa.