Há uma máxima no exame da política muito repetida por Maria Júlia (minha mãe in memorian) no bairro da Torre, que eleição é como Mineração, ou seja, só depois da apuração é que se sabe o saldo de fato das disputas.

Em que pesem os fatores em torno da filosofia, na prática os instantes preliminares antes do dia da votação servem muito para se projetar o futuro à base dos números reais da conjuntura envolvendo todos os pré-candidatos ao Governo.

O APURADO DO SERTÃO

De quinta-feira a domingo, a campanha do governador João Azevedo saiu do Alto Sertão motivada com os números levantados atualmente diante dos adversários.

A conta ao final ficou assim: na região de Cajazeiras formada por 15 municípios, João sai de lá com o apoio de 11 prefeitos, Veneziano Vital com 2, Nilvan Ferreira com 1 (Cachoeira dos Índios) e Pedro Cunha Lima sem nenhum apoio. De todos só José Aldemir, de Cajazeiras, ainda não se decidiu.

Já na região de Sousa, dos 9 prefeitos somente o de São José de Lagoa Tapada vive a fase de definição sabendo do relacionamento dele com o grupo Cunha Lima. Todos os demais estão com João Azevêdo.

Trocando em miúdos os números dizem a realidade da conjuntura independentemente de torcida, isto é, João Azevêdo se mantém favorito na disputa.

A VOLTA DO ORÇAMENTO

Muita gente, mas muita gente mesmo, se fez presente às plenárias de Cajazeiras e Sousa com participação de prefeitos e a população de forma surpreendente. É como se as pessoas estivesse ávidas pelo reagrupamento presencial e participativo.

Como sempre, a saúde, educação, infraestrutura tomaram conta das propostas populares.

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“Em terra de cego/quem tem um olho é rei…”