Geral
A proposta que interessa
05/07/2007
Foto: autor desconhecido.
Não sei se foram os ares europeus, mas o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, voltou da Áustria arejado na concepção do trato de temas mais gerais do Estado, como a proposta ação integrada de combate à violência. Do modus fair play não se inclua o quesito de análise sobre seus desafetos oposicionistas.
Deixemos, em parte, a questão do embate político com vereadores para novo momento de análise, porque a tese que mais chamou a atenção, sem dúvidas, envolveu a convocação de atos administrativos do governador Cássio Cunha Lima com os prefeitos das grandes cidades do Estado.
Na verdade, não há nada de novo, mas é gesto importante para este momento em que vivemos onde, independentemente, de lugar e governos, a escalada da violência se acentua de forma muito preocupante.
Ora, se há registro diário da ação marginal transformando a vida cotidiana das pessoas em grande susto, então é lúcido e indispensável admitir que todas as instâncias de Poder do Estado e municípios, ajam enquanto é tempo para conter, no mínimo, e punir exemplarmente essa tal escalada de violência.
Se reparar direito, a proposta de Ricardo reproduz gesto anterior do próprio governador em alguns diálogos existentes, mas sem efetividade continuada posteriormente em face do embate político irracional sem conseguir distinguir desejo, realidade e conjuntura política nesse caso instigado pela crise alimentada pela Oposição ao governo do Estado.
Creio que, as diferenças político-partidárias entre Cássio e Ricardo, da mesma forma que com outros importantes prefeitos (Veneziano, Naborzinho, Fátima Paulino, etc) não podem mais afetar a urgente necessidade de se efetivar muito além do proposto, ontem, pelo prefeito de João Pessoa.
Aliás, vejo como oportuno a possibilidade, por exemplo, de se criar enfim um Grupo de Altos Estudos envolvendo as várias instâncias de Poder, especialmente os Governos da Paraiba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e as Prefeituras das capitais também envolvendo Campina Grande para que haja análises e propostas comuns diante do futuro próximo com a repercussão das duplicações das BRs 101 e 230.
Precisamos nos preparar para essa nova etapa que trará pujança econômica e, ao mesmo tempo, a borra dos grupos marginais organizados, além dos efeitos da super- população gerando novas demandas sociais, ou seja, futuros problemas também.
Isso não implica em ninguém abdicar de seu pensamento nem de seu compromisso partidário. Basta que cada um cumpra sua obrigação social, que agir em favor do coletivo, da sociedade como um todo.
A Paraíba urge de atitudes assim.
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