Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

A preservação do acervo cultural da cidade


04/09/2016

Foto: autor desconhecido.

 

João Pessoa, em razão da sua condição de terceira cidade mais antiga do Brasil, possui um dos mais ricos acervos histórico, artístico e arquitetônico do país. Isso é motivo de orgulho para todos nós paraibanos e poderá ser um referencial importante como atrativo turístico de nossa capital.

Desde a década de oitenta ouço falar em projetos de revitalização do nosso Centro Histórico, quando da realização de um convênio com o governo espanhol, oportunidade em que passou a integrar o Programa de Preservação do Patrimônio Cultural Íbero-América. Todo mundo a partir de então passou a falar nesses projetos com amor, com paixão, com entusiasmo. Mas na prática pouco se fez. Continuamos sonhando.

 Vejo com otimismo as ações desenvolvidas pela atual administração municipal no sentido de fazer com que a revitalização do Centro Histórico de João Pessoa deixe de ser um sonho e se transforme efetivamente em realidade. Os projetos foram resgatados e atualizados no propósito de serem concretizados. Alguns já entregues à população como a Casa da Pólvora, o Hotel Globo, as novas praças João Pessoa, da Independência e 1817, além da Galeria Augusto dos Anjos e o novo Parque da Lagoa Solon de Lucena. Outros já foram licitados e terão as ordens de serviço assinadas nos próximos dias: Conventinho e Antiga Alfândega, onde funcionarão a Biblioteca Municipal, Escola de Artes e o Museu Colônia.

O fato real é que afinal há uma decisão política de promover a recuperação do patrimônio cultural do Centro Histórico de João Pessoa, inserindo-o no processo de desenvolvimento sócio-econômico de nossa cidade.

O Porto do Capim, onde a cidade nasceu, às margens do rio Sanhauá, passará por uma transformação, não só na melhoria de acessibilidade e modernização de sua estrutura, como também no resgate, restauração e requalificação de monumentos ali localizados, fazendo daquele ambiente um complexo turístico, econômico e cultural.

O prefeito Luciano Cartaxo não tem feito segredo de que tomou para si a responsabilidade de fazer com que os sonhos acalentados há décadas sejam transformados em realidade, estimulando ao mesmo tempo a restauração do acervo cultural privado, reformulando os sistemas normativos e assim garantindo eficiência na gestão integrada das áreas tombadas pelo IPHAN e IPHAEP.

Não tenho dúvidas de que estamos vivendo um tempo em que a vontade de governo se impõe como determinante para que possamos, cada vez mais, ter orgulho do nosso patrimônio histórico-cultural. Sou testemunha dessa determinação e tenho participado com euforia das gestões políticas e administrativas que vêm sendo desenvolvidas para alcance desse objetivo, sempre contando com parcerias importantes de instituições como o IPHAN, IPHAEP e outras organizações voltadas para a promoção do patrimônio cultural de nossa capital.

 


 


O Portal WSCOM não se responsabiliza pelo conteúdo opinativo publicado pelos seus colunistas e blogueiros.
Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.