Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

A opinião


22/05/2016

Foto: autor desconhecido.

 

Não é fácil, vivendo em sociedade, ficarmos livres das influências de opiniões alheias. Mesmo sabendo que a opinião é um juízo subjetivo de algo, estamos sempre preocupados com o que os outros pensam a nosso respeito. É da natureza humana a necessidade de sermos reconhecidos ou buscarmos na manifestação de opinião dos outros a base para tomarmos uma decisão.

Somos de certa forma dependentes do julgamento alheio. E ficamos nos comportando conforme os elogios e críticas que recebemos, ainda que, muitas vezes, sejam falsos ou infundados. Devemos ter consciência de que as opiniões são baseadas na percepção pessoal de cada um, o que não quer dizer que sejam verdadeiras. No entanto, devem ser consideradas como fatores de colaboração para que cheguemos à própria conclusão.

O problema maior é quando não sabemos ouvir as opiniões. E na divergência do que pensamos ou queremos, construímos inimizades e ressentimentos. Convém ouvirmos, aceitarmos e respeitarmos as opiniões alheias, mesmo que não concordemos. É uma questão de maturidade, de sensatez, de equilíbrio emocional. Assim como não devemos aceitar por imposição a opinião dos outros, também não podemos achar que somos detentores da verdade absoluta.

Nunca devemos abrir mão da nossa capacidade de decidir por avaliação própria. As opiniões podem ser importantes como orientação, jamais como determinantes para definirmos um conceito ou uma atitude nossa. É nos fóruns de debates que conseguimos formar uma opinião mais próxima de acerto, porque neles as diferenças procuram encontrar o consenso.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.


 


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