Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

A nova (?) Sudene e a Paraíba


13/02/2008

Foto: autor desconhecido.

Brasília – Ficou claro, muito claro, que há um clamor coletivo de todos os governadores do Nordeste de acelerar as condições para a Sudene possa resgatar seu papel histórico de antes – algo nada fácil de acontecer – como motor do desenvolvimento e da diminuição das desigualdades regionais.

Esta foi a tônica que acompanhamos, ontem , no auditório da UFPE quando da posse do novo superintendente da Sudene, o administrador baiano Paulo Fontana nome indicado pelo governador Jaques Wagner.

Deu para perceber de cara que, de inicio, alguns aspectos já começaram com tom preocupante porque na posse ficou evidente a ausência da classe política, especialmente de Pernambuco com ausência dos grandes nomes o que transformou a solenidade num tamanho menor.

Depois da festa fiquei sabendo do descontentamento de pernambucanos com a perda do cargo, a exemplo do que também se tem de reciprocidade dos baianos quando Pernambuco assume algum posto.

Com direito a discurso de todos os sete governadores presentes, mais os representantes de Wellington Dias e Jackson Lago, ausentes, a posse mostrou um agrupamento de lideranças comprometidas em não deixar a retomada da Sudene servir de acaso burocrático, por isso querem a essência de seu papel, ou seja, resgatar mesmo o papel aglutinador e desenvolvimentista.

Como se viu e é fácil de atestar, mais do que intenções, a Sudene precisa dar sinais concretos de pujança o que não tem hoje porque o volume de recursos disponíveis é absolutamente irrisório para alavancar a economia e o tratamento da desigualdade intra-regional porque, da forma atual, está evidente que a retomada do órgão registra magreza orçamentária, isto é, falta de prestigio para a transformação.

A parte da Paraíba

O governador Cássio Cunha Lima foi o quarto a falar. Lembrou sua condição de ex-superintendente da Sudene e deixou claro estar no ambiente como Oposição ao Governo Federal, mas comprometido em se empenhar ao máximo no apoio à gestão da nova Sudene.

E já foi pautando o futuro. Disse abertamente que a Sudene precisa inverter a partir de agora seu olhar, sempre direcionado à faixa litorânea do Nordeste, para as áreas mais sofridas do interior dos estados, especialmente o semi-árido, onde se registram os maiores problemas e desníveis sociais.

– Precisamos resolver logo esta prioridade para focar as decisões na direção do interior até porque o Nordeste já enfrenta outro problemão que é a desigualdade intra-regional, onde nos próprios estados há desnível entre regiões, por isso a Sudene cumpre esse papel – afirmou.

Cássio reportou-se ainda aos vícios e equívocos da burocracia em tempos atrás, bem como ressaltou a urgência de engordar a base orçamentária da Sudene4, sem a qual nada se efetivará.

Foi muito aplaudido.

Aracilba e o futuro

Por telefone, ontem, mantivemos ontem conversa sobre a conjuntura em que apresenta a indicação de novos nomes para as diretorias da Eletrobrás, bem como da sessão especial que a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro fará na próxima segunda-feira concedendo o titulo de Cidadã Carioca à engenheira competente, Aracilba Rocha.

Como sempre, ela se mostrou tranqüila e consciente de poder enfrentar qualquer situação à frente, inclusive de saída da diretoria administrativo – financeiro compreendendo a conjuntura política sem problemas.

Última

“Sabe lá/ o que é não ter/
E ter que ter pra dar…”


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