Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

A nova onda de greve


30/05/2007

Foto: autor desconhecido.

BRASILIA – Quem percorre os vários estados do País, a partir de João Pessoa – nossa base primeira e principal – passando por Brasília, especialmente, percebe-se sem grandes dificuldades que os movimentos organizados dos servidores públicos resolveram sair às ruas novamente em busca de melhorias salariais.

Na Paraíba, particularmente, os professores resolveram incorporar essa ´onda´, que tem suas razões de existir, a partir da barriga dos que fazem o magistério – hoje com vencimentos aquém de sua importância, mesmo levando em conta que a ação do governo Cássio nos últimos anos tem produzido ajustes estruturais importantes para a categoria.

Numa proporção mais forte ainda estão os policiais civis, hoje acumulando uma defasagem salarial – se comparado com outros estados, sem dúvidas a merecer uma atitude que vise corrigir gradativamente tamanha distorção.

É em face da reconhecida defasagem, nem invoco neste momento a interferência externa aos movimentos porque inexiste, que a greve passa a ser instrumento único de pressão. Na capital federal como na Paraiba, não são poucas as categorias envolvidas em movimentos paredistas, ou seja, em greves.

Agora, em qualquer que seja a ambiência e a justeza das reivindicações podendo se arrastar por quanto tempo puder, o encaminhamento real de condições mínimas de avanços passa pela discussão transparente sobre a realidade financeira dos estados e da União.

Desde já, saiba-se ainda, que não há outro caminho, senão pelo dialogo como principal remédio em qualquer momento desse enfrentamento.

Em síntese, os movimentos têm a legitimidade do grito, da mesma forma que os governos só farão movimentos financeiros dentro da possibilidade real de cumprir os acordos salariais, ou seja, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

Se é assim haja debate, diálogo, diálogo sempre diálogo.


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