Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Política

A “nova” cena de João Pessoa com causas e efeitos de Ricardo Coutinho candidato a prefeito; ele chega alterando, mas já sem ser o mesmo de antes


16/09/2020

Ricardo Coutinho (Arquivo)

Não há uma única roda política em João Pessoa que não trate neste momento de comentários sobre a decisão do ex-governador Ricardo Coutinho a prefeito da Capital atraindo para si atropelos partidários, até intervenção do PT nacional para impor aliança com ele, falta de construção politica bem resolvida com a Esquerda mas, pela primeira vez ele não consegue atrair todos como antes nem ser o mesmo furacão eleitoral de antes.

Ricardo Coutinho se convenceu do “tudo ou nada” depois de anunciar Gervásio Maia, sua esposa Amanda, Estela Bezerra, flertar com Luciano Cartaxo, mesmo assim decidiu ser candidato para, sobretudo, se defender das graves acusações da Operação Calvário, atacar adversários, sem tempo para apresentar propostas diante da enxurrada de denúncias na campanha.

É verdade, contudo, que não se pode ignorar o processo de Lawfare praticado contra ele.

A síntese é simples: o PT ao ser muito grato com ele, sobretudo o Nacional, vai apostar todas suas fichas na candidatura de Ricardo Coutinho ignorando graves acusações constantes em diálogos não-republicanos nas mais de 1 mil horas gravadas com negociações espúrias.

O PT vai pagar o preço da justa gratidão sob entendimento de que o caso local é o mesmo de Lula. Não é.

ATROPELOS DESNECESSÁRIOS

Ricardo Coutinho em 2020 não deu bolas a ninguém nem a nenhum partido de esquerda. Vários o procuraram e ele não quis conversa até chegar de última e produzir desmantelo a partir do PT e a cúpula nacional, porque em nível municipal ele já não tem a credibilidade de antes por tudo sabido.

Este cenário de pouco diálogo diz tudo, mesmo assim o PT nacional investe tudo pela gratidão correndo todos os riscos possíveis.

A QUESTÃO JURÍDICA

Como o TSE não vota até o dia de votação os dois processos que pedem sua inelegibilidade, ele aposta em rendimento eleitoral para se defender e até numa hipótese futura ganhar liminar no STF até perder de vista.

SÍNTESE

O ex-governador parte para “tudo ou nada”, repito, visando atacar inimigos e buscar se defender das graves acusações.

Mesmo assim, conviverá com arsenal de denúncias que deve ampliar sua rejeição eleitoral.

É que nos tempos de hoje não vinga mais a tese do velho Ademar de Barros.


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