Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Política

A narrativa de Caixa 2 vai se consolidando na Calvário, mas acusações de Livânia perdem força sem anexar provas; Azevêdo reage duro


13/01/2020

Livânia Farias (Foto: Arquivo)

O Estado da Paraíba não para de acompanhar, em estilo minissérie de TV, a sequência de capítulos em torno da Operação Calvário constatando desvios de recursos públicos na saúde, a partir de 3 delatores VIPs – Livânia Farias, Daniel Gomes e Ivan Burity – cada vez mais conduzindo o processo para a tipificação criminal de Caixa 2, aquela que o Ministro da Justiça, Sérgio Moro, tratou de “crime menor”.

 

Mas, em que pese esse tom de narrativa, cada vez fica mais evidente que o repasse das propinas construiu uma organização criminosa sistemática de muito volume financeiro envolvido, na qual os recursos serviram para enriquecer muita gente bacana, o que transforma tudo em crime e decepção imensa.

 

NOVA VERSÃO EM CURSO

A citação pela ex-secretária de Administração, Livânia Farias, de que houvera repasse de recursos para o então candidato João Azevêdo sem a devida prova ganhou contestação de peso, nesta segunda-feira, pelo próprio chefe do Executivo negando a acusação e já tipificando a causa da citação.

 

João Azevêdo atribui a postura de Livânia à vingança por ele não ter mantido-a no governo nem participado de compromissos futuros construídos por ela sem seu aval, ou seja, todo esquema foi de água abaixo pela decisão do governador de se blindar da estrutura corrupta estabelecida.

 

Se é assim, a conduta de Livânia e outros delatores cada vez mais passa a exigir a anexação de provas porque pode estar em curso o encaminhamento seletivo da narrativa para acusar pessoas com intuito de incriminar, repito, sem provas.

 

Pelo sim, pelo não, a minissérie prova que o rompimento entre o atual e o ex-governador se deu exatamente quando já em 2018 João Azevêdo resolveu não manter o esquema de desvios inconcebível. E isto é mais do que Caixa 2.

 

O fato é que todo conjunto construído atinge fortemente a esquerda no Nordeste. Quem viver, verá.


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