Geral
A memória de Ronald, Celso Furtado, a Sudene e nossa Paraiba
21/10/2008
Foto: autor desconhecido.
Para a família do imortal Ronald Queiroz
Tudo bem são muitos assuntos numa só carga de conteúdo em torno da memória do desenvolvimentista Ronald Queiroz, mas para dar a dimensão do que ela incorporou como contribuição à humanidade, especialmente os nordestinos, se faz indispensável tratar de bolo todo numa só situação. É esse contexto que vai esta
Vamos por partes. A essência em vida de Ronald foi contribuir com sérias e brilhantes reflexões e apontamentos lúcidos sobre formas de estancar a cruel desigualdade regional promovendo a vida humana com dignidade do trabalho e da renda para sustento e transformação social.
Amigo pessoal e seguidor das teorias econômicas esposadas na genialidade de Celso Furtado, enquanto vida teve Ronald não abdicou nenhum milímetro da luta para a construção de um novo modelo sócio econômico baseado no tripé redução drástica da desigualdade regional, desenvolvimento humano e transformação social.
Foi esse compromisso que lhe fez presente em grandes momentos nacionais de discussão sobre o futuro do Brasil, do Nordeste e da Paraíba, através dos vários postos em que se fez ocupar buscando executar as mudanças de paradigma no trato da economia e do desenvolvimento humano.
Se não bastassem os ambientes que freqüentou Cepal, Sudene, CNBB, Conab, Sebrae/PB e Casa Civil do Governo Mariz, etc -., Ronald povoou como poucos no desbruçamento permanente em vida nas lutas sociais mais densas, ora pela redemocratização, ora pelo grito em favor dos excluídos deste País.
Foi por isso e poucos se aperceberam que construiu com Antonio Mariz, seu amigo particular de décadas, uma nova feição dado pelo Governo da Solidariedade no trato da Casa Civil, não como uma ambiência afeita ao atendimento do peditório, mas um instrumento de transformação na relação com a sociedade cuidando de princípios, a exemplo da fome, da desigualdade, etc fugindo assim do caráter de esmola comum ao longo dos anos.
Por isso, quando testemunhei seu esforço ao lado de Mauro Nunes, Adalberto Barreto, Ademir Morais, etc., em criar no Governo Mariz o arcabouço do Programa de Desenvolvimento Sustentável pensei, cá comigo: agora a coisa vai, e terminou não indo porque a descontinuidade administrativa na Paraíba atrofiou um dos pilares da recuperação de nossa economia.
Pois bem, Ronald se foi, mas seu legado e luta continuam com seu brilho
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