Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Brasil

A luta de Margarida a eleva à condição de Heroína do Brasil; Senado chancela reconhecimento


16/08/2023

Margarida Maria Alves na década de 1980. — Foto: Arquivo pessoal/José de Arimateia

 

 

Enquanto é alta a expectativa de ocupação da Esplanada em Brasília pela Marcha das Margaridas – homenagem política e reconhecimento à luta sindical da paraibana de Alagoa Grande Margarida Maria Alves nesta quarta-feira com a presença de Lula, ontem o Senado Federal definitivamente a elevou ao patamar de Heroína do Brasil.

Como se sabe, Margarida Maria Alves foi uma trabalhadora rural e sindicalista brasileira, defensora dos direitos humanos e trabalhistas dos trabalhadores do campo. Foi uma das primeiras mulheres a exercer um cargo de direção sindical no país.

COMO SE DEU

O Senado aprovou na terça-feira (15) a inscrição do nome de Margarida Alves no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A matéria segue agora para sanção.

Desde 2000, o nome da marcha é uma homenagem a Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba

Consta na história que ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983 em resposta a sua luta pelos direitos da categoria. Desde então, a liderança se tornou símbolo da resistência de milhares de homens e mulheres que buscam justiça e dignidade. Latifundiários da região são suspeitos do homicídio. Mas, até hoje, o crime segue sem solução e os mandantes não foram condenados.

INTERNACIONAL

O caso de Margarida Maria Alves chegou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Em abril de 2020, a comissão concluiu que o Estado brasileiro é responsável pela violação dos direitos à vida, integridade pessoal, proteção e garantias judiciais de Margarida Alves.

O relatório ainda faz recomendações ao Estado brasileiro sobre como reparar integralmente os familiares da vítima; a investigação efetiva para esclarecer os fatos; o fortalecimento do Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos, concentrando-se na prevenção de atos de violência.

O fato é que tal qual a luta de Chico Mendes no Norte do País em defesa dos seringueiros, na Paraíba eis que agora tem-se como reconhecimento a figura de Margarida Maria Alves a exemplificar tamanha dedicação como se deu com Pedro Teixeira nas Ligas Camponesas.

Eis o resumo da história.

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