Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

A leitura


09/01/2016

Foto: autor desconhecido.

 

Entendo a prática de leitura como uma ação potencialmente revolucionária. Ela tem o extraordinário poder de transformar as pessoas, preparando-as para o mundo, despertando-as para a reflexão e, conseqüentemente, para adquirirem um senso crítico da realidade em que vivem. A experiência da leitura é algo fascinante porque desenvolve no indivíduo seu espírito criativo, estimula a capacidade de imaginar, alimentando-o de novos conhecimentos e valores.

É lugar comum se dizer que a leitura é caminho da sabedoria. Quem se restringe a aprender a vida pela comunicação oral, encontra dificuldades em ampliar seus horizontes, uma vez que as informações que recebe ficam limitadas ao seu ambiente de convívio social. Logo, é na leitura que abrimos a mente para o desconhecido, avançamos no processo de compreensão de tudo o que diga respeito à realidade da vida.

Percebe-se facilmente que a riqueza de vocabulário, a forma clara de expressar o que pensa e o que sente, a lucidez na percepção do mundo real, são características de quem se dá ao hábito da leitura desde criança.

A leitura estabelecendo a relação do ficcional com o real, torna-se um instrumento libertário de formação de cidadania, de inclusão social, de reconhecimento dos direitos e deveres. O ser humano, na leitura, apreende saberes que o ajudarão a entender as razões de muita coisa até então ignoradas, levando-o a tomadas de atitudes antes impensadas. Daí o seu sentido revolucionário. Ela estimula mudanças comportamentais num nível de consciência bem mais amadurecida e racional.

A leitura tem que ser feita de forma prazerosa. Ler apenas pela necessidade de se informar ou por exigência pedagógica como tarefa escolar, não desperta paixões, nem produz encantamento. É preciso ter a liberdade da escolha no que quer ler, internalizando-se na leitura de forma a que se sinta transportado para o que ali está escrito. Só assim a assimilação do seu conteúdo se faz mais eficaz.

Eu particularmente tenho o vício da leitura. Tanto que o presente que mais me agrada é um livro.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.
 


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