Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

A inveja


20/02/2015

Foto: autor desconhecido.

 

A inveja é um estado de delírio da alma humana. Esse sentimento tão condenado é muito comum entre nós, apesar de que ninguém admite que ele já se faça presente no seu modo de ser. Duvido que, alguém já não sentiu uma pontinha de inveja alguma vez na vida.

A inveja é a vontade de ter atributos, posses, status ou habilidades de outros, seja por incompetência própria, seja por limitações de ordem física ou intelectual. É quando o ser humano vive o drama da cobiça, não suportando ver a felicidade do outro. Nesse caso nasce um sentimento com efeito destrutivo, torcendo pelo insucesso daqueles que são alvos de sua inveja. A inconformação com as conquistas que sonhava alcançar e que são obtidas por outros. Costumamos dizer que os invejosos têm o “olho gordo” e isso pode causar prejuízos aos nossos projetos.

Bonaparte dizia que “a inveja é um atestado de inferioridade”. Claro que é. Ora, porque não fazermos da inveja, no bom sentido, o estímulo para que saiamos do comodismo e tentemos ser igual àquele que nos levou a invejá-lo? Transformar a inveja num sentimento construtivo? Sairemos assim da desigualdade em nosso desfavor e nos sentiremos capazes para enfrentar uma competição saudável.

Alimentar a inveja é admitir a pequenez do caráter. O invejoso não se permite enxergar no outro qualquer qualidade e insiste em minimizar os feitos do próximo, numa demonstração clara de sua incapacidade de fazer igual. O ser humano que traz no seu coração o germe da inveja carrega uma energia negativa que causa danos a si mesmo. Ele não se vê, não descobre o que tem de bom dentro de si, porque concentra os olhos no outro. Fica cego.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”;

 


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