Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

A intolerância religiosa


23/01/2015

Foto: autor desconhecido.

 

A história universal nos oferece inúmeros exemplos de barbarismos provocados pelo ódio e agressividade irracional, alimentados pela intolerância religiosa. O desrespeito e a falta de reconhecimento às diferenças de crenças religiosas, têm motivado ações criminosas como assassinatos, torturas e repressão, tudo praticado fanaticamente em “nome de Deus”.

Esses conflitos entre grupos divergentes de credos religiosos terminam por se constituírem também desentendimentos de ordem político-social entre povos. E afetam o clima de paz que deveria prevalecer na humanidade, estimulando o espírito beligerante que inviabiliza uma convivência harmoniosa entre as civilizações.

As atitudes ofensivas que marcam a intolerância religiosa, ferem a liberdade e a dignidade humana. Os sectários manifestam sua incomplacência , como se fosse um fundamento baseado na racionalidade em defesa de objetivos humanitários. E tentam justificar atrocidades cometidas, pela argumentação de que a verdade que defendem não pode ser contestada, porquanto proveniente de inspiração divina.

O cunho preconceituoso que carimba as revelações comportamentais de intolerância religiosa, por si só já daria razão ao seu combate. No Brasil, desde 2007, por lei, o dia 21 de janeiro passou a ser celebrado como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Em sendo um Estado laico e possuindo a maior diversidade religiosa do mundo, é cada vez mais necessário que se permita a livre escolha do credo religioso, de forma a construir uma sociedade onde os diferentes convivam pacíficamente, sem espaço para discriminações. As relações humanas não podem ser prejudicadas por limites determinados nas doutrinas religiosas. Até porque não dá para compreender exercício de religião sem considerar o sentimento de fraternidade que deve imperar entre os homens.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.
 


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