Ronaldo Souza

Administrador, especialista em inovação.

Economia & Negócios

A INOVAÇÃO E O APRENDIZADO DA TEMPESTADE


29/07/2021

Ronaldo Souza é administrador, especialista em gestão de empresas

Para falarmos de inovação precisamos entender que as empresas necessitam romper com os modelos clássicos de gestão, que não basta apenas se digitalizarem, precisam trocar o chip, precisam pensar o futuro, promover o aprendizado contínuo e valorizar a cultura da experimentação, pois, não há nada mais instigante para inovar que ter a permissão para experimentar e errar, com a certeza que não será punido por isso. Precisamos aprender a inovar, pois apesar da criatividade do povo brasileiro, não somos um povo inovador. O especialista em cultura digital, Gil Giarrdelli, em suas palestras aponta que apenas 9% dos executivos brasileiros têm nível de inovação considerado avançado, enquanto no resto do mundo a média é de 33%. Mas, como se cria ambientes inovadores nas empresas?

Os elementos de sustentação de um ambiente inovador são diversos, mas aqui vou destacar: gestão flexível, pessoas com mindset livre de amarras, senso de oportunidade e promoção do conhecimento, do novo. O equilíbrio entre esses elementos somados a um gestor que pensa o futuro e uma equipe composta por pessoas com habilidades diversas criará um ambiente inovador. Um outro elemento a ser considerado é o foco na compreensão dos clientes, em criar para ele uma experiência encantadora, esse comportamento também contribuirá para uma ação inovadora.

Pensar o futuro da organização, sem negligenciar o presente é um desafio. Por isso a necessidade de gestores com mindset de crescimento, para possibilitarem um ambiente onde se valorize a autonomia das pessoas, o desenvolvimento de uma cultura analítica, onde se valorize o ser humano como diferencial competitivo. É a mudança de mentalidade das empresas que definirá sua permanência no mercado em níveis competitivos. O uso adequado das tecnologias e de sua força de trabalho em um ambiente propicio a inovação é o que permitirá uma gestão compatível com as exigências de um mundo moderno, em constante evolução.

Precisamos desenvolver o “Aprendizado da Tempestade”, compreender que mar calmo não testa capitão, é o mar revolto que seleciona os bons condutores de barco. É em situação adversa que precisamos deixar nossa zona de conforte, que precisamos ousar e muitas vezes fazer coisas que as boas cartilhas não preveem. É a tempestade que cria o ambiente propicio para inovação.

 


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