Geral
A imponência da sabedoria e beleza da Negritude em Chico Noronha e Nai Gomes
27/01/2018

Foto: autor desconhecido.
Já é pré Carnaval, pré-Folia de Rua em João Pessoa das Acácias e, na Ladeira da Borborema, em pleno Centro Histórico de resistência e Zumbis, perdura há anos um ambiente de vanguarda e moinho cultural intenso abrigando nele a força da Negritude e dos antepassados relembrando no presente a celebração da alforria. Ainda hoje não é fácil nossa gente negra ascender aqui ou alhures.
Foi neste contexto de encantamento histórico e cultural que, pela primeira vez, o Baile de Máscara do Ateliê Multicultural Nai Gomes homenageou com a justiça terrena possivel o multimidia e eximio produtor Cultural Chico Noronha, seguramente um dos mais importantes animadores culturais da Capital de Livardo Alves e Anayde Beiriz.
ALÉM DO CARNAVAL
Chico Noronha e Nai Gomes são irmãos de propósitos, lutas e efetiva superação pelo talento distinto, mas entrelaçado diante do envolvimento deles com as artes e a cultura de uma maneira geral.
Nestes tempos de imenso retrocesso politico, abrigar a chama de reverenciar pessoas como os dois ativistas negros é o dínamo politico de que precisamos manter porque somente com a simbologia da luta que representam poderemos amenizar a fase de tanto preconceito inconcebível.
Chico venceu pela imponência de seu talento no Jornalismo e na Produção cultural conduzindo em fase recente a mais arrojada politica cultural da cidade, através do SESC, quando éramos um semi-árido de carências culturais.
Já Nai Gomes é em si a explosão das artes plásticas no sentido ampliado, ultimamente tomado das raizes africanas e a força espiritual das matrizes religiosas de uma Gente bela mas marcada pelos estragos da escravidão. Ele é, mesmo lembrando Pedro Cândido, o porta – estandarte de nossa gente negra depois que Balula foi embora. Tem Fé e Sabedoria no comando de seus projetos.
APLAUSOS EM VIDA SÃO O BÁLSAMO
Por essas e outras, o encontro dos dois no Baile de Máscaras não mascara a constatação de que eles simbolizam a vitória da luta negra, tão forte que se faz respeitar perante entre brancos, amarelos, todos gênero e em especial a inveja dos ( e das) que só fazem invejar.
São os (as) Caras, tanto faz, de beleza especial. Ainda bem. A esses, enquanto tempo for, não me canso de tirar o chapéu.
Como diria Antonio Cândido, meu saudoso pai, é dessa gente de que o Mundo precisa.
Axé!
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