Geral
A hesitação
03/03/2015
Foto: autor desconhecido.
A hesitação nasce da incerteza, da dúvida que domina o espírito quando se está diante da necessidade de tomar uma decisão. Ela consegue bloquear a energia de vida de qualquer pessoa, produz um estado de inércia. Demonstra insegurança, medo, vacilação. É, portanto, o maior inimigo dos projetos de transformações inovadoras.
É certo que a hesitação muitas vezes representa um mecanismo de defesa, o receio de fazer algo errado. Antes da tomada de qualquer atitude recomenda-se um instante de reflexão, avaliação do quadro, meditação sobre o que fazer e as possíveis consequências. No entanto, esse tempo de reflexão não poderá ser demorado, porque as oportunidades podem ser perdidas. Decisões postergadas correm o risco de desperdiçar sonhos e ideais.
Isso não quer dizer que devamos agir por impulso, de forma precipitada, mas termos a compreensão de que a hesitação não ajuda a construir a autoconfiança que se faz necessária em qualquer empreitada na vida. O comportamento relutante só concorre para a afirmação de uma imagem de pessoa que não tem convicção do quer. Portanto, dificulta conquistar confiança no círculo de sua convivência. É um entrave no próprio desenvolvimento pessoal.
O que nos leva quase sempre a situações de hesitação é a inclinação para nos preocuparmos com o que outros querem ou esperam de nós. Enfrentamos um conflito interno entre o desejo dos outros e a nossa vontade própria. O ideal é adotarmos a decisão que atenda tanto a nós mesmos quanto aos outros, preferencialmente. A resolução tomada com a balança dos sentimentos pendendo para um dos lados, atendendo exclusivamente ao nosso coração, sem ouvir a voz da razão, ou correspondendo a objetivos alheios, contrariando nossos anseios, é muito possível de resultar num erro.
Porém, uma verdade tem que ser levada em consideração: a pior decisão é aquela que não é tomada. A omissão é pior do que qualquer deliberação.
• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES A TITUDES”.
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