A Universidade Federal da Paraíba chegou ao fundo do poço no quesito orçamentário, portanto, está a merecer mobilização urgente das altas autoridades – governo e bancada federal – e da sociedade como um todo para evitar o pior, que é o `fechamento´ da instituição..

A gravidade da crise pode ser medida pela falta até de papel higiênico em diversos departamentos da instituição. Aliás, virou fato comum os incontáveis casos diários de professores, que só lecionam porque levam de casa o material necessário às salas de aula.
    
O próprio reitor da instituição, professor Jader Nunes, reconhece o quadro pré-falimentar ao qual está submetida a UFPB pela incapacidade da receita fazer frente às demandas e despesas sempre crescentes.
    
Para se ter uma idéia mínima do quadro, leve-se em conta o fato da Universidade estar sem pagar algo em torno de R$ 3 milhões / mês às empresas Saelpa, Cagepa e Telemar para ter acesso básico ao serviço de luz, água e telefone para o funcionamento normal da instituição.
    
Se isso tudo fosse pouco, ainda assim o contingenciamento dos recursos previstos no orçamento da União para a UFPb, em face de emenda do ex-deputado federal Avenzoar Arruda, serve de realidade a aguçar a crise e projetar momentos negros para a vida acadêmica porque pode parar pela inexistência real de condições de funcionamento.
    
Ora, os débitos com os fornecedores básicos – inclua-se ainda a vigilância de todo o Campus I, Bananeiras e Areia – se crescem a cada mês e não são honrados no pagamento certamente que já leva alguns desses prestadores de serviço a admitir a suspensão dos serviços.
    
Há, ainda, no silêncio dos corredores que dão acesso ao DP ( Departamento de Pessoal ) uma corrida contínua, sobretudo de professores qualificados, na busca da aposentadoria da forma que for temendo serem atropelados por novos mecanismos advindos da atual Reforma em votação no Senado Federal.
    
Isso significa dizer menos tutano na formação de jovens universitários – muitos inadvertidos para a gravidade ao redor pela pouca expressividade do ensino porque já não se ensina com o mesmo ímpeto de antes.
    
Virou algo parecido com a Cultura do Faz de Conta, tão reprisada até mesmo pelo presidente Lula quando dos tempos de campanha: a Universidade faz de conta que ensina e os estudantes, da mesma forma, fazem de conta que aprendem.
    
E tudo isso é muito doloroso porque a UFPB não merecia, nem merece, um fosso de tamanha profundidade entre seu passado de expansão e glória, com o delfinhamento e o desencanto de agora.
    
Resta saber quando todos, sem exceção, vão criar vergonha e se unir – sem vaidade nem frescuras – para evitar o pior para o futuro deste Estado em termos de conhecimento fundamental.

Três candidatos    

Quando ninguém menos esperava eis que um assunto ocupou espaço nobre, ontem, com a admissibilidade pelo pré-candidato à Prefeitura de João Pessoa, Ruy Carneiro, de que o esquema cicerista pode ter três – e não só um – candidatos em 2004.

Ruy admitiu ter como disputantes Neroaldo Pontes e Reginaldo Tavares com todos votando em quem chegar no segundo turno.

Votação da reforma
    
O PMDB está definitivamente afinado com o Governo Federal, como pode ser visto ontem na votação da Reforma Previdenciária no Senado com os parlamentares José Maranhão e Ney Suassuna se posicionando fechado com a orientação do Palácio do Planalto.
    
Mais uma vez, entretanto, Efraim Morais votou contra com direito a discurso brabo e tudo.
    
Depois da saúde
    
O deputado estadual Manoel Júnior voltou à baila política depois de ter passado uma semana dedicado ao tratamento de familiar enfermo.

– Precisei passar esses dias com uma tarefa familiar, mas estamos voltando ao processo normal de contatos e de campanha – explicou.

Estatuto em debate
    
O gabinete do governador confirmou ontem a audiência coletiva que Cássio terá com os representantes do funcionalismo estadual para debater as emendas no Estatuto do Servidor.
    
Será na próxima terça-feira.
    
Algodão na mira
    
A China está de olho no algodão colorido da Paraíba. Também por isso empresários do Nordeste andam circulando pelo interior do Estado em busca de terras em condições de abrigar lavouras com produção extensa para exportação.
    
Como foi noticiado anteriormente na Coluna as várzeas de Sousa estão no foco de investidores.
    
Umas & Outras    

… O Tribunal de Contas aprovou as contas da Câmara de João Pessoa mas mandou os vereadores devolverem as ajudas de custo repassadas aos parlamentares.
    
… Dr. João Henrique selou de vez o apoio de toda a Oposição à sua candidatura em Monteiro.
    
… Ontem, na Granja Santana, a pauta versou sobre o que fazer diante da conjuntura econômica adversa. Além do governador estavam lá os secretários da área econômica.
    
Última    

` Quem sabe faz a hora/ não espera acontecer…´